O
prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), acusou o senador Armando
Monteiro, candidato a governador pelo PTB, de aliar-se aos que levaram o
Recife ao atraso, referindo-se aos 12 anos do PT.
Incluiu
no mesmo balaio, não se sabe se propositadamente ou não, o comunista
Luciano Siqueira, que foi vice-prefeito de João Paulo e atualmente ocupa
a mesma posição na constelação socialista. O mais engraçado é que,
atingido, Siqueira não deu um pio.
Nem
abriu a boca para defender o legado de seus oito anos atrelado a João
Paulo, a quem se derramava em elogios, nem tampouco compartilhou o
petardo do seu atual chefe. Mas a postura dócil e frágil do
vice-prefeito não surpreende.
Quem
o conhece desde os tempos da ditadura sabe que a coragem mora longe
dele, até porque nunca foi, verdadeiramente, um combativo guerrilheiro,
como propaga, para posar de esquerdista e revolucionário.
Tem
político que nunca muda, escreve uma trajetória retilínea, sem nunca
abrir mão dos seus princípios, suas convicções e ideologias. Não é o
caso do vice-prefeito, que já serviu ao PT, mesmo nunca rezando pela sua
cartilha, e hoje transformou o PCdoB numa extensão do PSB.
Ao
silenciar na defesa do seu governo, pois como vice de João Paulo
ocupou, interinamente, a Prefeitura em várias ocasiões, Siqueira revela
que adotou a saída fácil da conveniência. Como quem cala, consente, o
velho comunista cospe no prato que comeu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário