A comissão parlamentar de inquérito investiga ainda a possibilidade de a companhia holandesa SMB Offshore ter subornado funcionários da Petrobras para fechar contratos com a estatal brasileira e indícios de segurança precária nas plataformas marítimas.
Em audiência na Câmara dos Deputados no começo de abril, Sérgio Gabrielli afirmou que a compra de Pasadena, em 2006, foi, naquele momento, um bom negócio para a estatal brasileira. Disse ainda que a empreitada atendia ao plano estratégico da empresa e que o preço pago foi o de mercado.
O ex-presidente da estatal negou que a refinaria tenha custado US$ 1,3 bilhão, como noticiado pela imprensa. Segundo ele, foram US$ 486 milhões, além de US$ 360 milhões para a aquisição dos estoques de óleo da refinaria, despesas bancárias de cerca de US$150 milhões de dólares a um banco francês e US$ 84 milhões de dólares para questões ambientais.
O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, está convocado para depôr na CPI da Petrobras na quinta-feira (22), às 10h15. Também à Câmara dos Deputados, Cerveró afirmou, em abril, que desde 2000 havia a decisão de a Petrobras ampliar o refino de petróleo no exterior e que a compra de Pasadena foi uma “boa oportunidade de negócio”.
A atual presidente da estatal, Graça Foster, vai depor na CPI da Petrobras no dia 27 de maio. Há notórias manobras do presidente do Senado, Renan Calheiros, para reduzir o desgaste do governo nessa CPI. Assim, pode ser que ele tente alguma atitude protelatória.
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