Voltando ao “Fantástico”, o programa da globo exibiu as maravilhas do “tratamento de saúde neste país”.
“Eu estou com dor, desde cedo. Estou aqui desde 9h30 da manhã e até agora nada”, disse uma paciente, à noite.
“Como é que não tem pediatra num hospital desses, para atender uma criança no hospital, desmaiando?”, indagou outra.
Na Bahia, quando não tem antibiótico apela-se para o Senhor do Bonfim. Frequentemente é o fim, mesmo, nem sempre bom... Dona Alaíde, 62 anos, dois aneurismas no cérebro havia mais de 30 dias, quase não podia falar, poderia morrer se houvesse rompimento.
Morreu, apesar de uma liminar determinando que ela fosse operada. E como fica legalmente a negligência? Alguém responderá pelo homicídio?Dona Aparecida, por conta de um trombo pode perder a perna. Para suportar a dor, toma até três morfinas por noite.
É perigoso tomar muita morfina, adverte o médico, mas não tem como fazer a angioplastia.
“Não tem médico na UTI. São vários plantões em que não há medico na UTI”, revela um dos profissionais do hospital, além do que faltam equipamentos para exames, remédios e, especialmente, respeito aos desvalidos, que só ganham importância — se é que ganham — na véspera de votar.
“Saúde no Brasil melhorou muito e não está longe de atingir a perfeição”, afirmou flatuoso o senhor Luiz Inácio da Silva. A saúde pública está perfeita, mesmo: nas masmorras medievais não se faria pior.
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