15 de maio de 2014

Em reunião do PMDB, Dilma apanhou indefesa


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Dilma Rousseff, o governo e o PT foram submetidos a uma sessão de espancamento verbal durante reunião da elite do PMDB. Havia na sala algo como uma centena de políticos —de dirigentes estaduais e congressistas aos mais renomados caciques da legenda. Não houve quem se animasse a defender a presidente. Ela apanhou indefesa.
A reunião foi convocada para pavimentar a convenção de 10 de junho, na qual o partido decidirá se vai ou não renovar a aliança com o PT, reconduzindo o vice-presidente Michel Temer à chapa de Dilma. O próprio Temer abriu o debate. Mencionou o apoio que havia recebido horas antes, por escrito, dos diretórios de São Paulo e do Rio. E manifestou o desejo de obter a solidariedade dos demais.
Temer disse compreender as particularidades de cada região. Mas fez um apelo à unidade. Tomado pelas palavras, espera atrair para a tese da reedição da aliança nacional com Dilma até mesmo os votos dos correligionários que guerreiam com o petismo nos seus Estados. Após a manifestação de Temer, seguiu-se a pancadaria.
Discursaram contra a aliança representantes do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Mato Grosso do Sul e Goiás. A favor, além de São Paulo e Minas, que já haviam falado por escrito, apenas Alagoas, Pará e Amazonas. Os representantes dos demais Estados preferiram o silêncio.
Aliado do senador Jarbas Vasconcelos, cujo grupo está fechado com a candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB), o deputado Raul Henry, presidente do diretório pernambucano do PMDB, resumiu assim o encontro: “Ficou claro que o resultado da convenção é imprevisível. A quantidade de gente que ficou calada, sem defender o governo ou a aliança, impressionou muito. Esse pessoal pode falar na urna da convenção, onde o voto é secreto.”

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