13 de dezembro de 2012

Mensalão: STF nega recurso do deputado João Paulo Cunha


Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram nesta quinta-feira (13) recurso apresentado pelo deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão. O advogado do parlamentar, Alberto Toron, pediu que a Corte escolhesse um novo ministro-revisor para a fase de fixação das penas, proposta rejeitada por unanimidade.

O recurso havia sido negado anteriormente em decisão individual do ministro-relator, Joaquim Barbosa. Hoje, o ministro levou a questão ao plenário, e foi seguido pelos demais colegas. Recém-empossado, Teori Zavascki manteve a posição de não votar sobre assuntos do mensalão enquanto o julgamento principal não terminar.

No recurso, Toron alegava que era preciso sortear novo revisor na fase de fixação das penas, especialmente após a Corte ter decidido que os ministros que absolveram réus não poderiam participar da definição das penas. O revisor Ricardo Lewandowski absolveu João Paulo de todos os crimes e não vota na fixação das penas.

Segundo Barbosa, o recurso deveria ser rejeitado porque o processo não pode ter dois revisores, ainda que em fases diferentes. O ministro Marco Aurélio se disse surpreso com o pedido dos advogados. “Quando acredito que já vi tudo em credibilidade jurídica, vejo mais essa, confundindo as questões, com a quebra de organicidade do direito”.

Os ministros julgaram apenas esse recurso da Ação Penal 470, porque o julgamento principal está suspenso até a volta do ministro Celso de Mello. Gripado, o decano foi internado ontem (12) à noite em Brasília com suspeita de pneumonia. Nos últimos meses, ele têm dito nos bastidores que pretende se aposentar no início do ano que vem, em grande parte, devido a questões de saúde, como dificuldade de caminhar.

Mello dará o voto de desempate sobre a questão da perda de mandato de parlamentares condenados na ação penal. O placar está em 4 votos a 4: metade dos ministros acredita que a decisão é do STF e a outra defende que a medida é privativa do Congresso Nacional. A próxima sessão para discutir a questão dos mandatos será na segunda-feira (17), caso Celso de Mello possa comparecer.
Fonte: Agência Brasil

Delma, Pablo, Ferdinando e Dinarte são condenados


Quatro réus condenados. Após quatro dias de julgamento no Fórum de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife, a juíza Marinês Marques Viana anunciou na tarde desta quinta-feira (13) a condenação de quatro dos cinco acusados pelo assassinato da turista alemã Jennifer Kloker, 22 anos, em fevereiro de 2010. O corpo da alemã foi encontrado às margens da BR-408, também em São Lourenço da Mata. 

REPERCUSSÃO
» Advogado de Delma vai recorrer. Defesa de Dinarte pedirá embargo da decisão
» Promotoria comemora decisão contra acusados 
» Caso Jennifer Kloker: as reações dos acusados após a sentença

Apontada como a mentora do crime, a ré Delma Freire, 51 anos, foi condenada a 32 anos de prisão (30 anos de reclusão em regime fechado e dois anos de detenção) por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e sem chance de defesa da vítima, além de formação de quadrilha e fraude processual. A condenada era sogra da vítima e, durante todo o período de investigação, negou participação na morte. Delma assumiu o crime apenas nessa quarta-feira (11), terceiro dia de julgamento. Delma admitiu a culpa depois que todos os réus a apontaram como mandante do assassinato.

Delma Freire confessou ser a mentora do crime, mas disse que a trama foi por amor ao filho (Fotos: Bernardo Soares/JC Imagem)

O marido da vítima e filho de Delma, Pablo Tonelli, 25, foi condenado a 25 anos e seis meses de reclusão em regime fechado. Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. Durante o julgamento, Pablo disse que sabia que Delma pretendia matar a esposa, mas que não podia  fazer nada por correr o risco de ser morto pela própria mãe.

Pablo Tonelli dirigia o veículo onde todos estavam no dia em que Jennifer oi morta, relatou Delma

Companheiro de Delma e pai adotivo de Pablo, o italiano Ferdinando Tonelli, 47, também foi condenado a 25 anos e seis meses de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha.

Defensor dos Tonelli afirmou que Ferdinando (foto) não precisava de dinheiro do seguro

Irmão de Delma Freire, Dinarte Medeiros, 42, foi condenado a 14 anos e quatro meses de prisão em regime fechado por homicídio e formação de quadrilha. Após ter a pena de homicídio acrescida em 1/3 a juíza Marinês Marques Viana retirou a mesma por causa da delação premiada que ele fez ainda durante a investigação policial.

Os locais de cumprimento das penas será decidido pelo juiz de Execuções Penais num prazo de aproximadamente um mês. Até lá, os condenados, à exceção de Dinarte, voltam para as unidades prisionais onde estavam antes do julgamento - Delma, para o presídio feminino de Igarassu, no Grande Recife, enquanto Pablo e Ferdinando, para o Presídio Aníbal Bruno, no Recife. Dinarte, que não estava detido, poderá recorrer da sentença em liberdade. 

O quinto acusado por envolvimento no crime é Alexsandro dos Santos, apontado como executor dos tiros que mataram Jennifer. Ele não foi julgado junto com os demais porque seu advogado teve um mal súbito na manhã do primeiro dia do julgamento. Sem defensor, o julgamento de Alexsandro foi adiado para fevereiro de 2013. O réu respode por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. A pena de Alexsandro pode chegar a 30 anos.

Ouça a sentença:
http://www2.uol.com.br/JC/HTML_PORTAL/cotidiano/imagens/penas.jpg

JULGAMENTO - Em quatro dias de julgamento, defesa e promotoria tentaram provar seus pontos de vista. Primeiro dia, a segunda-feira (10) foi marcada por atrasos e discussões. Na ocasião, a defesa não aceitava a escolha dos jurados, o que seria uma estratégia para desmembrar o julgamento, adiando o júri de alguns dos réus. Após a confusão, o corpo de jurados foi formado por seis mulheres e um homem.

No segundo dia de julgamento, foi a vez de defesa e promotoria questionarem os réus. Nesse momento, teve início uma reviravolta que terminaria na confissão da ré Delma Freire, caindo por terra a linha de defesa do próprio advogado que apontava um latrocício como causa morte da alemã Jennifer Kloker. Primeira ser ouvida, Delma preferiu o silêncio. Em seguida, Pablo Tonelli, filho de Delma, revelou saber do plano da mãe para o assassinato, apontando-a como mentora do crime. Depois o companheiro de Delma, Ferdinando Tonelli, reforçou as acusações feitas pelo filho adotivo e admitiu ter planejado a morte da nora junto com a ré e o próprio Pablo. O último a ser ouvido foi o irmão de Delma, Dinarte Medeiros, que não acrescentou novidades ao que já havia dito durante as investigações do caso.

Na quarta-feira (12), terceiro dia, o julgamento teve um importante desdobramento. Antes do início do debate entre defesa e acusação, a ré Delma Freire pediu a palavra e confessou sua participação no crime. Ela alegou que arquitetou o assassinato por amor à família, afirmando que a vítima era drogada, traía o marido e agredia o filho de dois anos. O último dia ficou dedicado à reunião do conselho de sentença e letitura do veredicto.

11 de dezembro de 2012

Aliado de Eduardo, Jarbas diz que período do PT no poder se esgotou




O senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB) usou a tribuna do Senado nesta terça-feira (11) para fazer um "balanço" do primeiro biênio de Dilma Rousseff (PT) à frente da Presidência da República. O peemedebista chamou o modelo de gestão petista de "incompetente". Aliado de Eduardo Campos (PSB), Jarbas também disse que o PT dá sinais de esgotamento no poder e lembrou que já faz quase uma década que o partido está a frente do Governo Federal e, portanto, não dá mais para aceitar que petistas responsabilizarem os governantes do passado pelos problemas ainda existentes. Houve até crítica pessoal a Dilma, a quem ele chamou de arrogante.

"Talvez um dos exemplos mais evidentes dessa incompetência do Governo do PT seja a atual seca que atinge o Nordeste brasileiro. É inconcebível aceitar a repetição das cenas nos noticiários televisivos mostrando a morte de milhares de animais e o empobrecimento das famílias que moram no Semiárido”, afirmou Jarbas.

Jarbas Vasconcelos também ironizou os problemas enfrentados pelo PT e pelo Governo Federal, lembrando as recentes denúncias de esquemas de corrupção envolvento nomes ligados ao Governo, apontando um esgotamento do partido a frente do Governo Federal e chamando atenção para a "falta de iniciativa" petista para resolver problemas antigos.

"2012 se encerra e pode não ser o ano no qual o mundo se acabou, mas com certeza é o ano no qual o PT dá sinais evidentes de esgotamento à frente da Presidência da República. Quer seja pelo desfecho do julgamento do Escândalo do Mensalão por parte do STF, quer seja pelo surgimento de novas denúncias de corrupção envolvendo figuras de proa do petismo ou pela falta de iniciativa em resolver problemas que só fizeram crescer na última década."

SECA - Um ponto destacado por Jarbas foi a seca que tem castigado o Nordeste. "A seca que castiga a região destruiu os plantios de subsistência, está dizimando os rebanhos, secando os açudes de médio e pequeno portes, enfim, está arrasando a frágil economia da região, voltando a expulsar os jovens de sua terra, deixando para trás as mulheres e os velhos". De acordo com o senador, a política de irrigação do Governo do PT na última década é "uma vergonha, praticamente inexistente".
Jarbas diz que transposição não é suficiente para combater a seca no Nordeste

SETOR ENERGÉTICO - Jarbas Vasconcelos também criticou a atuação da presidente Dilma no setor energético, lembrando que é a área em que a presidente iniciou sua atuação na administração pública, como secretária de Minas e Energia do Estado do Rio Grande do Sul. "Onde fica a imagem de gestora eficiente, implacável com o malfeito, levada ao ar na campanha eleitoral de 2010? Sobram apenas a arrogância e a maneira pouco adequada de tratar os subordinados com gritos e agressões verbais".
Jarbas compara PT a José Dirceu, que estaria querendo posar de vítima

Para Jarbas, todos esses problemas terminam se refletindo no desempenho da economia brasileira. O crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil durante os dois primeiros anos do Governo Dilma deve atingir o pior desempenho desde o início da década de 1990, com elevação de apenas 2,1%.

"Entre os países que integram o chamado BRICS – Brasil, Rússia, Índia e África do Sul – o nosso país crescerá a metade do que os russos atingirão no mesmo período, um terço dos indianos e um quarto dos chineses. Vamos crescer menos do que a África do Sul, que tem um desemprego de 25%. O Brasil também ficará atrás dos vizinhos latinos, como México, Colômbia, Chile, Peru e até mesmo da turbulenta economia argentina", lembrou o peemedebista.

Na opinião do senador pernambucano, a equipe econômica – comandada pela própria Presidente da República – ainda não percebeu ou não quis enxergar que se esgotou o modelo baseado apenas no aumento do consumo, bem sucedido no segundo mandato do Governo Lula.

"O ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola afirma que parte desse resultado fraco é consequência de fatores internos. Ou seja, nem tudo é resultado da crise internacional. Segundo Loyola, o investimento público no Brasil não está sendo realizado e o privado tem sido adiado ou cancelado", argumentou.

Adotando o discurso pregado pelo seu aliado Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco e possível presidenciável, Jarbas Vasconcelos questionou a política de desoneração tributária para beneficiar determinados setores privilegiados da economia. Segundo ele, essa política causou um efeito devastador nas finanças de Estados e Municípios, aumentando a dependência deles na relação com o Governo Federal.

"É irônico que durante o Governo de um partido que se dizia aberto e democrático a Federação Brasileira viva seus piores momentos, seus estertores, com governadores e prefeitos tendo que implorar por recursos concentrados nas mãos de ferro da União."

Para Jarbas, a imagem que o Governo Dilma passa para todos é de que não existe planejamento. “O Governo vai agindo sem traçar cenários, sem se antecipar aos fatos, anunciando decisões como uma mera reação aos problemas que ganham as manchetes dos jornais. Este é um governo que não age, apenas reage, muitas vezes, de forma atribulada e equivocada", finalizou.

Jarbas também defendeu o trabalho dos parlamentares de oposição, mesmo que numericamente inferiores no Congresso Nacional, criticando a força imposta pelo Executivo no parlamento.

"O trabalho da oposição precisa ser desenvolvido de forma continuada, mesmo quando o ‘rolo-compressor’ e a prática governamental do ‘vale-tudo’ impedem a democrática atuação da minoria, manipula as comissões parlamentares de inquérito e transforma a atuação do Parlamento num mero despachante de luxo do Poder Executivo."
Postado por Jamildo Melo 

Lula diz que denúncia de Marco Valério é mentira

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (11) ser “mentira” as denúncias feitas pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza à Procuradoria-Geral da República em setembro e reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em nota, a Direção Nacional do PT afirmou que as novas declarações se referem a uma tentativa de “delação premiada” e refletem o “desespero” de Valério para reduzir sua pena. Apontado como o operador do esquema, o empresário foi condenado a mais de 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.

“Isso é mentira”, afirmou Lula após ser questionado por jornalistas na saída do Fórum do Progresso Social, organizado por seu instituto e a Fondation Jean-Jaurè, em Paris. Com a frase, o ex-presidente quebrou o silêncio que perdurou ao longo de todo o dia, quando evitou falar à imprensa. Após as revelações, no entanto, Lula cancelou a sua participação em um jantar oferecido pelo presidente da França, François Hollande, à presidente Dilma Rousseff no Palácio do Eliseu. Ele era um dos convidados de honra do evento.
Fonte: Agência Estado

10 de dezembro de 2012

Gilberto Gil, Santanna e Dominguinhos na programação do centenário de Gonzagão em Exú


A cidade onde nasceu Luiz Gonzaga, Exú, no Sertão de Pernambuco, será palco de uma grande festa em homenagem ao centenário do Rei do Baião. Serão cinco dias de festa, a programação começa na terça-feira (11) e sábado (15).
Serão realizados shows, apresentações de dança e produções audiovisuais e ainda serão realizadas oficinas. As apresentações musicais serão realizadas em quatro palcos. Entre as atrações estão cantores bastante conhecidos no cenário nacional como Gilberto Gil, Dominguinhos, Santanna e Elba Ramalho, entre outros.
Confira a programação:
PALCO GONZAGÃO
Módulo Esportivo - A partir das 21h 

Quarta-feira (12) (Abertura às 19h30)
- Orquestra Sinfônica de Teresina com João Cláudio 
- Danilo Pernambucano
- Zé Nilton
- Chambinho do Acordeon
- Santanna
    
Quinta-feira (13) 
- Daniel Gonzaga
- Dominguinhos
- Gilberto Gil 
- Joquinha Gonzaga

Sexta-feira (14)
- Joãozinho de Exu
- Amazan
- Elba Ramalho
- Waldonys

Sábado (15) 
- Sanfona de Januário
Genaro, Beto Hortis, Agostinho do Acordeon, Camarão, Cezzinha e Dudu do Acordeon 
- Xote das Meninas
Cristina Amaral, Edilza Aires, Irah Caldeira, Liv Moraes, Nádia Maia, Patrícia Cruz, Terezinha do Acordeon e Walkiria Mendes
- Novinho da Paraíba
- Jorge de Altinho

PALCO AZA BRANCA
Parque Aza Branca - A partir das 20h 

Quinta-feira (13)
- Taís Nogueira e João Silva (com participação especial de Dominguinhos)
- Josildo Sá
- Alcymar Monteiro 
- Adelmário Coelho 

Sexta-feira  (14)

- Luizinho Calixto, Zé Calixto e Truvinca
- Trio Nordestino 
- Quinteto Violado 
- Flávio Leandro 

Sábado, 15/12
- Bia Marinho / Em Canto e Poesia
- Maria Lafaete (Com participação de Sérgio Gonzaga)
- Projeto Meu Araripe 
Os Gonzaguinhas, Fua Carvalho, Zezinho de Exu, Forrozeiros do Gonzagão, Ana Paula, Maurício Jorge, Leonardo Luna, Edgar do Cedro, Baião Mais Eu, Sarah Leandro, Sotaque Nordestino
- Maciel Melo 
    
PALCO  JUAZEIRO
Parque Aza Branca

Domingo (16)  (A partir das 15h)
- João do Pife e Banda Dois Irmãos
- Ivan Ferraz
- Bel Lima
- Jaiminho de Exu
- Claudiana
- Toinho do Baião
- Dijesus

PALCO ARARIPE
Fazenda Araripe

Quinta-feira (13) (A partir das 9h)
- Seguidores do Rei 
- Os Cabas de Gonzaga
- Chá Cutuba 
- Vital Barbosa 
- Epitácio Pessoa 
- Donizete Batista 
- Leninho de Bodocó 
- Tárcio Carvalho 
- Coral de Aboios de Serrita
- Flávio Baião 
- Antônio da Mutuca
- Os Três do Cariri 

No DF, PSB sai do governo de Agnelo Queiroz, do PT


Fotos: Agência Brasil

Da Agência Estado

Em mais um ato em que se distancia do PT aos poucos, o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, decidiu nesta segunda-feira (10) se afastar do governo do Distrito Federal. O partido devolveu ao governador petista Agnelo Queiroz as secretarias da Agricultura e Turismo e a administração do Lago Norte. "O governador se distanciou de seus compromissos políticos e administrativos, mostrou-se ineficiente e transformou a saúde e a segurança num caos", afirmou o senador Rodrigo Rollemberg, secretário-geral do PSB de Brasília.

Rollemberg disse que conversou com Eduardo Campos sobre a decisão tomada em Brasília. "Nunca deixo de conversar com ele sobre o que acontece em Brasília. Informei que era uma questão muito localizada", disse ainda. Segundo Rollemberg, a decisão de abandonar a aliança com o governador Agnelo Queiroz tinha sido tomada logo depois da eleição municipal de outubro. Mas, para evitar especulações, visto que PT e PSB tinham rompido coligações em cidades importantes, como Recife e Fortaleza, a saída do partido do governo do Distrito Federal foi adiada.

Nos bastidores, porém, o que se sabe é que Rollemberg e Eduardo Campos concluíram que o PSB ficaria inviabilizado eleitoralmente em 2014 no Distrito Federal caso mantivesse a aliança com o PT. Uma forma de tornar o partido competitivo para disputar o governo em 2014, mesmo que contra o PT, seria romper a aliança. A desaprovação ao governo de Agnelo Queiroz tem sido muito grande entre a população.

Ao anunciar que o PSB estava saindo do governo, Rollemberg disse que o partido passou por vários constrangimentos ao longo da administração de Agnelo, que acabou por ser envolvido nas denúncias a respeito do contraventor Carlinhos Cachoeira. "Entendemos que poderíamos construir uma mudança nos rumos do governo, fazendo-o voltar a se comprometer com os compromissos de campanha. Mas isso não ocorreu", disse Rollemberg.

"Os problemas de saúde e de segurança se agravaram enormemente nos últimos dois anos, gerando uma insatisfação enorme no conjunto da população e uma insatisfação em todos os partidos políticos que se comprometeram com essa eleição (de Agnelo)", continuou o senador. Ele afirmou ainda que a insatisfação com o governador hoje é registrada no PDT - o que foi confirmado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) - e até no PT.

Rollemberg disse ainda que o PSB viu seus quadros serem marginalizados no governo de Brasília. "O que se percebe no governo é a concentração do poder nas mãos de poucas pessoas, a falta de diálogo com os movimentos sociais e com a sociedade civil, a ausência de transparência e a incapacidade administrativa para solucionar problemas graves".
Postado por Gabriela López | 

Caso Jennifer: Atrasos e discussões no primeiro de julgamento


Atrasos e discussões marcaram o primeiro dia do julgamento dos acusados de matar a alemã Jennifer Kloker. O júri, que deveria ter começado às 8h da manhã desta segunda-feira (10), no Fórum de São Lourenço da Mata, no Grande Recife, só foi iniciado às 10h, duas horas após o previsto. 

Após apresentar os cinco réus presentes (Delma Freire de Medeiros, Pablo Richardson Tonelli, Ferdinando Tonelli, Alexsandro Neves dos Santos e Dinarte Dantas de Medeiros), a juíza Marinês Marques Viana informou que o acusado Alexsandro não seria julgado, pois o seu advogado de defesa Josias Domingos de Lemos não estava presente. Ele teria passado mal e foi internado no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape).
Relembre o caso;
Acompanhe as informações do júri em tempo real pelo @NE10Urgente

A juíza Marinês determinou um novo julgamento para Alexsandro, previsto para o dia 27 de fevereiro de 2013. O advogado do acusado terá cinco dias para apresentar o laudo que comprove o seu estado de saúde. Caso não apresente o documento, Alexsandro terá dez dias para apresentar um novo advogado, antes que seja encaminhado para a Defensoria Pública. 

Após o anúncio de uma nova data para o julgamento de Alexsandro, por volta das 10h30, teve início o sorteio para escolha dos sete jurados entre os 24 presentes (um dos convocados - do total de 25 - foi dispensado por motivos médicos). 

Neste momento, uma confusão foi protagonizada pelo defensor de Delma Freire, José Carlos Penha, atrasando o julgamento por mais 1h30. O tumulto teve início depois das recusas dos jurados sorteados. Até o momento, oito sorteios tinham sido realizados e apenas dois jurados tinham sido aceitos pela defesa. Penha afirmou que, como já tinha utilizado seu limite máximo de recusas, sua cliente poderia ser prejudicada já que não poderia mais recusar nenhum jurado, por isso também queria o adiamento da audiência para o dia 27 de fevereiro.


O defensor de Delma está confiante que a justiça irá libertar sua cliente por falta de provas contundentes contra ela



André e Márcio Botelho, responsáveis pela defesa de Pablo e Ferdinando Tonelli, afirmaram que existe uma prova que irá comprovar a inocência dos dois
A manobra da defesa não surtiu resultado - serviu apenas para aumentar o atraso da sessão. Em seu pronunciamento, a juíza Marinês deixou claro que o principal objetivo dos advogados era desmembrar o julgamento para aumentar o tempo de defesa dos réus. Inicialmente, os promotores de acusação teriam 2h30 para apresentar sua tese. A defesa teria que dividir o mesmo tempo (2h30) entre os quatro réus presentes. Todos os advogados entraram com pedido para aumentar o tempo e, se a solicitação fosse atendida, desistiriam do protesto para desmembramento.

Durante o tumulto, Delma aproveitou o tempo para conversar, aos cochichos, com outros réus: o marido Ferdinando Tonelli e o filho Pablo Tonelli

Os promotores André Rabelo e Ana Cláudia Walmsley concordaram com o pedido dos advogados e a juíza decidiu então conceder 1h30 para cada réu presente, totalizando 6 horas, assim como 1h30 a mais para a promotoria, que passou a ter 4 horas para a sua apresentação. Após a resolução do impasse, a juíza Marinês abriu intervalo para o almoço.
TARDE - O julgamento dos acusados de matar a alemã Jennifer Kloker foi reaberto com mais confusão. A sessão teve início com o testemunho da delegada Gleide Ângelo - responsável pelas investigações juntamente com o delegado Alfredo Jorge e também testemunha do caso.


"Eles tentaram matar Jennifer quatro vezes. Tiveram oportunidade de desistir, mas não fizeram", acusou a responsável pelo inquérito policial, delegada Gleide Ângelo
Em seu depoimento, a delegada Gleide Ângelo afirmou que tem certeza que os réus são culpados e que o crime foi planejado na Itália. Ela disse ainda que casamento de Delma Freire e Ferdinando Tonelli era por interesse e que os dois não moravam juntos.
Durante o testemunho da delegada, o advogado de Delma, José Carlos Penha, a questionou. Porém, antes que a delegada respondesse às perguntas, o advogado a interrompeu por diversas vezes, provocando a interferência da juíza Marinês Marques Viana e do promotor André Rabelo. "O senhor está fugindo da lei, e eu sou o fiscal da lei", disse o promotor para a defesa de Delma. Penha retrucou: "No momento que lhe convém".

"O senhor está fugindo da lei, e eu sou o fiscal da lei", disse o promotor André Rabelo para a defesa de Delma durante depoimento de Gleide Ângelo
O clima seguiu tenso durante o depoimento do delegado Alfredo Jorge, que norteou a sua fala nos dados técnicos das provas.  O delegado afirmou ter certeza da culpa dos réus e que os dados fornecidos pelo GPS do Gol alugado pela família não deixam dúvidas de que Delma Freire, Ferdinando e Pablo Tonelli planejaram o crime contra a jovem.


Segundo o delegado, Ferdinando assumiu que fez um seguro de vida em nome de Jennifer e que o próprio seria o beneficiado, em caso de morte da alemã
Segundo o delegado, o percurso apresentado pelos acusados durante depoimento na delegacia é completamente diferente do registrado pelo GPS. "O aparelho eletrônico apresentou apenas dois pontos de parada, sendo uma deles no bairro do Curado IV, certamente para buscar o autor dos disparos contra a alemã, Alexsandro Neves, e o outro no local onde foi encontrado o corpo de Jennifer. Porém, os três acusados afirmaram que, após sair do Terminal de Passageiros (TIP), fizeram três paradas. No primeiro depoimento, eles também não falaram que passaram pelo Curado IV. Após o anúncio dos dados, eles mudaram suas versões, mas com informações desencontradas", contou o delegado.

O delegado acrescentou que o Gol alugado pela família possui um dispositivo que precisa ser acionado para o carro continuar em movimento. "Após ligar o carro, o motorista precisa acionar um botão nos primeiros 50 metros de deslocamento, caso contrário o carro para. Apenas os donos da empresa e quem aluga o carro sabe desta informação. Um bandido que aborda uma família durante um assalto dificilmente saberia", disse.

Após os depoimentos das testemunhas, a juíza Marinês Viana encerrou a sessão desta segunda. O júri será retomado às 9h desta terça (11).  

DELMA - Durante o depoimento do delegado Alfredo Jorge, a acusada Delma Freire afirmou estar passando mal e pediu para que a sua pressão arterial fosse aferida. A ré saiu da sala para ser atendida por um enfermeiro. Depois de alguns minutos, ela retornou ao júri aparentando estar bem e a sessão foi retomada. 

CRIME - O corpo da alemã Jennifer Marion Nadja Kloker foi encontrado com três perfurações de bala às margens da BR-408, no limite entre o Recife e o município de São Lourenço da Mata. O marido de Jennifer, Pablo Tonelli, e o sogro dela, Ferdinando Tonelli, inicialmente contaram à polícia que a família havia sido vítima de assalto, versão que foi desmentida pelas investigações.

Segundo a polícia, Jennifer, na época com 23 anos de idade, teria sido assassinada porque sua sogra Delma, considerada a mentora do crime, Ferdinando e Pablo tinham interesse no seguro de vida no valor de 500 mil euros (cerca de R$ 1,2 milhão) no nome da jovem. Alexsandro teria sido contratado por R$ 5 mil para matar a alemã. O quinto envolvido no homicídio, Dinarte, que é irmão de Delma, é acusado de comprar a arma e apresentar Alexsandro à família.

9 de dezembro de 2012

Rose foi única chefe indicada por Lula que Dilma manteve


Da Agência Estado
 
Rosemary Noronha, uma das personagens centrais do esquema de corrupção desbaratado pela Operação Porto Seguro, foi a única funcionária não concursada da Presidência mantida em cargo de chefia após a transição de poder entre Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
 
Próxima de Lula, Rose, como era conhecida, ocupava desde 2009 um cargo DAS 6 - reservado a secretários, chefes e diretores de departamento, com salários na faixa de R$ 11,2 mil. Rose foi demitida há 15 dias, após a operação da Polícia Federal.
 
O levantamento sobre os 6.515 servidores federais não concursados que estão em postos de livre nomeação (DAS) mostra que, quanto maior a importância e a remuneração do cargo, menor é a taxa de “sobrevivência” dos remanescentes da gestão Lula - tanto no âmbito da Presidência quanto em ministérios.
 
É nos cargos DAS - sigla de “Direção e Assessoramento Superior” - que se acomodam a maioria dos servidores indicados por partidos políticos.
 
No caso dos salários mais elevados, de R$ 8.988 a R$ 11.179, não há cota mínima de concursados. São esses postos os mais visados. Mesmo nesses casos, porém, os servidores de carreira são maioria: 60% entre os DAS 6 e 68% entre os DAS 5.
 
Os dados do Portal da Transparência do governo mostram que, em relação ao começo da gestão, Dilma ampliou o número de cargos DAS (de cerca de 21,7 mil para 22,3 mil), mas, ao mesmo tempo, reduziu o número de não concursados que os ocupam (de 6.689 para 6.515).
Postado por Gabriela López 

Dinheiro Não Chega e Desespero continua


 

 

 
A maioria das cidades brasileiras que tiveram situação de emergência em razão da seca reconhecida pela União não receberam recursos do governo federal em 2012.
 
Fatores como excesso de burocracia, falta de verba e negligência de prefeitos contribuíram para deixar 1.390 dos 2.058 municípios (68%) sem a ajuda neste ano.
 
Os dados, do Ministério da Integração Nacional, foram repassados à Folha pela Lei de Acesso à Informação.
 
Há casos de emergência por estiagem e seca em todas as regiões do Brasil. Seca, como define a Defesa Civil, é uma estiagem prolongada. No Sul, 69% dos municípios não receberam recursos.
 
O Nordeste é a região com mais municípios afetados e não socorridos. Dos 1.272 em situação de emergência, apenas 459 (36%) receberam verba federal. Algumas localidades enfrentam a pior seca dos últimos 30 anos, E os Governos Federal Estadual e Municipal, Ainda não cairão na real, Não é brincadeira enquanto eles prometem e não cumprem; A população paga pela falta de responsabilidade daqueles que deveriam fazer valer o direito dos CIDADÃOS. "ISSO É UMA VERGONHA"
 

Juiz defende mobilização da sociedade em favor da reforma política


Foto:GervásiBaptista/Agência Brasil
Da Agência Brasil

Brasília – Para que o Brasil avance no combate à corrupção é preciso que seja implementada a reforma política no país, avalia o juiz Marlon Reis, um dos coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), rede com mais de 50 entidades nacionais. Para ele, a sociedade deve se mobilizar com esse objetivo, como fez para conquistar a aplicação da Lei da Ficha Limpa.

Reis, um dos idealizadores e redatores do texto legal, lembrou que a lei que impede a participação nas eleições de candidatos que sofreram condenação criminal por decisão de um colegiado é fruto de iniciativa popular. Cerca de 1,6 milhões de assinaturas foram reunidas em seu favor. Aplicada pela primeira vez nas eleições municipais deste ano, a Lei da Ficha Limpa barrou mais de 900 candidaturas em todo o país.

“Todo mundo fala que a reforma política é fundamental no país, então temos que começar a agir de acordo com essa convicção. Não se deve esperar pelo Congresso Nacional apenas, a sociedade pode se articular e se mobilizar para esse fim”, disse o juiz, que recebeu na última sexta-feira (7) um prêmio do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc) pelo seu trabalho no combate e na prevenção à corrupção. O reconhecimento foi feito em um evento, organizado pelo órgão em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), que antecipou a comemoração pelo Dia Internacional de Combate à Corrupção, lembrado hoje (9).

Marlon Reis explicou que um dos efeitos práticos da reforma política será a transparência no processo de financiamento das campanhas. Ele defende que empresas privadas sejam proibidas de doar dinheiro para promover candidaturas no país.

“O que vemos hoje é que a maior parte das doações é feita por bancos, mineradoras e empreiteiras. É claro que a maioria faz isso por interesse, para manter uma proximidade com o poder. Isso deveria eliminado do processo eleitoral”, disse, acrescentando que o financiamento deveria ser feito, em boa parte, pela participação do cidadão “com quantias pequenas, mas que representam uma colaboração cívica”.

O juiz Marlon Reis, que atua no Maranhão, destacou ainda que a sociedade brasileira “vem amadurecendo” nesse tema e citou outra conquista importante, a aprovação da Lei de Acesso à Informação.

De acordo com o ministro da CGU, Jorge Hage, nos seis primeiros meses desde que a lei entrou em vigor, em maio deste ano, foram recebidos mais de 50 mil pedidos de informação, dos quais mais de 90% foram respondidos em um prazo médio de dez dias.

Para Hage, que também defende a participação social no controle das atividades públicas, os números indicam que “os órgãos públicos têm mostrado eficiência em uma área inteiramente nova”, que faz parte do esforço das instituições brasileiras para combater os desvios de verba pública e a corrupção no país.
Postado por Gabriela López 

Ouricuriense de 14 anos se torna vice-campeão Sul-Americano de atletismo


O estudante Júlio Victor Coriolano (14 anos), da Escola Dom Idílio José Soares, em Ouricuri, conseguiu um feito extraordinário na ultima quarta-feira (05), quando consagrou-se vice-campeão na prova do revezamento 5×80 nos jogos Escolares Sul-Americanos, realizado em João Pessoa (PB).
Júlio, que é filho de Charles Coriolano (líder político da cidade), ainda conseguiu um 4º lugar na prova dos 1.200 metros, resultado que não deixa de ser produtivo, levando em conta as precárias condições de treinamento no estádio do Bigodão. Ele ainda liderou a prova durante um bom tempo.
Janaína Santos (14 anos) foi outra que disputou o campeonato. Ela terminou na 5ª colocação no salto em distância. Ela também é estudante da Escola Dom Idílio. Os dois jovens ouricurienses representaram o Brasil na competição, que reuniu atletas de diversos países da América do Sul.

Agricultor de Ouricuri reclama da dificuldade no acesso ao milho da Conab


O milho subsidiado pelo governo Federal com a finalidade de atender aos agricultores atingidos pela seca não está sendo suficiente para quem precisa dele na área rural de Ouricuri. “Há mais de mês, fiz o cadastro, paguei R$ 217 para receber 12 sacos e até agora não apareceu qualquer caroço de milho. Acabei de jogar no mato duas galinhas que morreram de fome”, reclamou nesta quinta (6) ao JC o agricultor Sebastião de Sá Pereira, que mora no Sítio São João, área rural de Ouricuri.
Segundo ele, só consegue comprar o milho a preço mais baixo quem está na cidade na hora em que o produto chega. Depois da estiagem, Sebastião diminuiu a alimentação dos animais e já perdeu “32 cabeças” entre as aves que cria. Atualmente, são 96 animais na sua propriedade e os ovos são sua única fonte de renda. “Os animais só vão ficar mais tempo vivo se chegar esse milho. Quem me dá de comer é um filho que trabalha num sindicato na cidade”, contou.
O subsídio do milho para os produtores atingidos pela seca foi definido numa lei, publicada no Diário Oficial no dia 29 de julho. Em Ouricuri, o milho vendido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) só chegou no final de setembro. Lá, foram vendidas 770 toneladas do produto a 807 produtores, embora tenham sido cadastrados 3 mil agricultores que desejavam comprá-lo. O saco do grão com 60 quilos é vendido por R$ 18,12 para quem consome até 3 mil quilos por mês, R$ 21 para os produtores que necessitam de 3.001 quilos a 7 mil quilos mensais e R$ 24,60 para os que gastam de 7.001 quilos a 14 mil quilos mensalmente. A compra é vantajosa porque um saco varia entre R$ 45 e R$ 60 no mercado.
A agricultora Severina Francisca da Silva está “desesperada” por não ter comida para oferecer as suas 50 ovelhas. Dez animais morreram devido à falta de comida provocada pela estiagem. Ela pagou por dois sacos de milho subsidiado em setembro e, desde então, planejava comprar dois sacos todo mês. “A primeira remessa chegou na última quinta e já acabou. Ontem fui a cidade e comprei dois sacos por R$ 100, pois não tinha como comprar o mais barato“, comentou.
“A situação está tão precária, até o mandacaru está se acabando. Querem pagar R$ 30 por uma ovelha. Vou dar o restante do mandacaru e milho, mas não vou vender as ovelhas. Se continuar desse jeito, para o ano, nem a gente escapa”, afirmou a agricultora. As aposentadorias dela e do esposo são a única fonte de renda da família. Antes da seca, conseguia vender uma ovelha por R$ 200.
Além da chuva, o único outro fator que pode aliviar a atual situação da agricultora é a liberação de um empréstimo de R$ 12 mil, pedido em junho ao Banco do Nordeste. Ela nem sabe mais quantas promessas fez para Padre Cícero na intenção de conseguir o financiamento, com o qual pretende fazer um estoque de ração, melhorias e comprar equipamentos para moer o mandacaru. Severina nem entendeu porque o seu financiamento não saiu. “O banco é um tumulto, tem muita gente e dizem para ter paciência”, lamentou, se referindo à agência de Ouricuri.                          blogdobrunomorais.

Médicos de Ouricuri e região denunciam atrasos de salários ao MPPE


Médicos de Ouricuri e região do Araripe, sob a coordenação da diretoria regional do Simepe, estiveram reunidos em 04/12/12 (terça-feira), às 19h30, no Salão Paroquial da Igreja Matriz de São Sebastião/Centro de Ouricuri.  A reunião foi pautada nos problemas que estão ocorrendo no Hospital Regional Fernando Bezerra. Outra questão importante discutida foi o atraso e não pagamento dos salários dos médicos da rede municipal de saúde.
Segundo Adalto Rodrigues, diretor do Simepe, outra reunião será agendada para esse mês de dezembro. “Estamos analisando uma data para voltarmos a nos reunir”, disse. 
Os médicos decidiram iniciar um movimento contra o desmonte do serviço público pós-período eleitoral. Depois das avaliações e debates foram encaminhadas propostas. Em relação às precárias condições de trabalho será formulada uma carta-denúncia e, em seguida enviada a direção do Hospital Regional, Cisape, Simepe, Cremepe e ao Ministério Público Estadual (MPPE); quanto aos atrasos de salários, ficou acordado que os médicos providenciem seus contracheques, comprovando os respectivos atrasos para que sejam adotadas medidas pelo Sindicato.
A diretora do Simepe, Maria Aelma e o advogado João Moreira Filho foram também ao Ministério Público denunciar atrasos de salários e demissões de médicos e demais profissionais de saúde ao promotor Adriano Camargo Vieira.
De acordo com Aelma, os médicos merecem mais respeito. “Nós não estamos sendo valorizados como devemos ser. A classe merece mais respeito. Faremos o que for preciso para resolver essa situação”, ressaltou.        blogdobrunomorais.

Mundo percebe avanço do Brasil, diz Dilma


Da Agência Estado

A presidente Dilma Rousseff afirmou que o mundo percebe que o Brasil "anda com seus próprios pés". Durante entrevista à apresentadora Regina Casé, veiculada neste domingo (9) pela TV Globo, Dilma afirmou que o País saiu da situação pior, tendo registrado grande avanço no governo de Luiz Inácio Lula da Silva mas defendeu que o Brasil deve dar um novo salto, "que é o do crescimento".

Durante a entrevista, Dilma também destacou os projetos do governo na área de acessibilidade - tema abordado no programa de Regina Casé - e destacou a importância da educação para o crescimento do País. "Nosso grande desafio é a educação", citou Dilma. "Queremos um País de classe média", acrescentou.
Postado por Gabriela López 

Presidente do Egito anula decreto que expandia poderes


O presidente do Egito, Mohamed Morsi, anulou um decreto emitido por ele mesmo no mês passado para expandir seus poderes, segundo Selim al-Awa, um político islâmico, após uma reunião entre o presidente e líderes políticos. No entanto, o referendo sobre a Constituição acontecerá conforme o planejado, em 15 de dezembro.

As duas questões - o decreto e o referendo - são as razões dos protestos contra Morsi que irromperam no Egito nas últimas duas semanas. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Agência Estado

Chávez anuncia que câncer voltou e indica sucessor



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Será a terceira operação de Chávez para remover tecidos cancerígenos
Foto: arquivo

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltará para Cuba neste domingo para fazer uma nova cirurgia contra o câncer nos próximos dias. Em um pronunciamento televisionado na noite de sábado, Chávez anunciou que a doença voltou, mesmo após duas operações anteriores e tratamentos de quimioterapia e radioterapia.
No discurso, o presidente venezuelano reconheceu a gravidade de sua situação e disse pela primeira vez que se houver complicações o vice-presidente do país, Nicolas Maduro, deverá assumir seu lugar como líder e dar sequência ao movimento socialista.

"Existem riscos. Quem pode negar isso?", disse Chávez, sentado ao lado de Maduro e outros aliados. "Em qualquer circunstância, devemos garantir o avanço da Revolução Bolivariana", acrescentou.

O presidente contou que os testes descobriram a volta de "algumas células malignas" na mesma área onde tumores foram removidos anteriormente, e que os médicos recomendaram cirurgia imediatamente, mas ele quis voltar à Venezuela primeiro.

Chávez afirmou que se houver complicações e novas eleições forem realizadas, seu candidato será Maduro, ex-ministro de Relações Exteriores, nomeado vice-presidente três dias depois da reeleição de Chávez, em outubro. "Nesse cenário, que, de acordo com a Constituição, exigirá que eleições presidenciais sejam realizadas novamente, vocês devem eleger Nicolas Maduro como presidente", disse. "Eu peço isso a vocês do fundo do meu coração", acrescentou.

Essa será a terceira operação de Chávez, de 58 anos, para remover tecidos cancerígenos. A primeira delas foi feita em junho de 2011. As informações são da Associated Press.
Fonte: Agência Estado

13 de novembro de 2012

Dirceu vai preso se pena de 10 anos e 10 meses for mantida, diz especialista


O ministro Joaquim Barbosa, que assume em breve a Presidência do STF, entrega o convite para sua cerimônia de posse ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e diz que sua gestão será marcada pela 'clareza, simplicidade e transparência'. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
O ministro revisor Joaquim Barbosa começou a definir nesta segunda-feira (12) a dosimetria do chamado núcleo político do mensalão, que inclui José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. O ex-ministro da Casa Civil foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos e 10 meses de reclusão. “Se mantida a pena, ele cumpre em regime fechado”, afirma o professor de direito Rodrigo Costa.
O especialista explica que a lei brasileira prevê regime fechado para condenações que ultrapassarem oito anos. Caso seja condenado à pena entre 4 e 8 anos, o regime poderá ser fechado ou semi-aberto. Para condenações inferiores a 4 anos, o juiz pode optar entre os regimes fechado, semi-aberto ou aberto.
Costa destaca que o STF está inovando ao não estabelecer o regime inicial após a fixação da pena, como é regra. “Os ministros preferiram deliberar após a finalização do julgamento de todos os réus”, diz. O professor aponta que o tempo de condenação dos réus pode diminuir em função da possibilidade de prescrição de alguns crimes.
A sessão começou com mais uma divergência entre os ministros relator e revisor, Ricardo Lewandowski, que abandonou o plenário. Além de Dirceu, o Supremo também condenou José Genoino. O ex-presidente do PT recebeu a pena de 6 anos e 11 meses de reclusão, tempo que, de acordo com a lei, pode ser cumprido em regime semi-aberto.

Ministro da Justiça diz que 'preferia morrer' a ficar preso por anos no país


Ministro Eduardo Cardozo (Foto: Tatiana Santiago/ G1)
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta terça-feira (13) que "preferia morrer" a ficar preso no sistema penitenciário brasileiro. “Do fundo do meu coração, se fosse para cumprir muitos anos em alguma prisão nossa, eu preferia morrer”, afirmou durante um almoço com um grupo de empresários em um hotel do Brooklin, na Zona Sul de São Paulo.
Cardozo afirmou que os presídios no Brasil ainda "são medievais" e as condições internas precisam ser melhoradas. “Não há nada mais degradante para um ser humano do que ser violado em seus direitos humanos", disse.
Durante o evento em São Paulo, o ministro evitou comentar as penas aplicadas aos reús do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o ministro não quis falar sobre a aplicação das penas.
“Eu como cidadão brasileiro tenho as minhas impressões, meus sentimentos em relação a esse processo que julgou o mensalão no STF, mas como ministro eu não comentarei jamais”, disse ele, ressaltando que seu papel é garantir a divisão dos três poderes. "Não me sentiria agindo corretamente no meu ofício se fizesse qualquer comentário."

12 de novembro de 2012

Dirceu é condenado a 10 anos de prisão

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Dirceu foi condenado a 2 anos e 11 meses por formação de quadrilha e de 7 anos e 11 meses por corrupção ativa por ter atuado na compra de apoio político no Congresso Nacional


O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu a 10 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. Com isso, Dirceu terá de iniciar o cumprimento de pena em regime fechado, o que ocorre quando a punição é superior a 8 anos.

Dirceu foi condenado a 2 anos e 11 meses por formação de quadrilha e de 7 anos e 11 meses por corrupção ativa por ter atuado na compra de apoio político no Congresso Nacional. Também foi aplicada a sanção de 260 dias-multa, o que supera os R$ 600 mil.

O relator afirmou que o ex-ministro se valeu do cargo para praticar os crimes e que sua atuação foi contrária a princípios democráticos. "Foi um crime de lesão gravíssima à democracia, que se caracteriza pelo diálogo e opiniões divergentes dos representantes eleitos pelo povo. Foi esse diálogo que o réu quis suprimir pelo pagamento de vultosas quantias em espécie a líderes e presidentes de partidos".

Barbosa afirmou que a ação de Dirceu "colocou em risco a independência dos poderes". "Restaram diminuídos e enxovalhados pilares importantíssimos de nossa sociedade", afirmou o relator.

No crime de quadrilha, todos os seis ministros que condenaram apoiaram a pena sugerida por Barbosa. No caso da corrupção ativa foram oito os ministros que condenaram e apenas dois, Cármen Lúcia e Marco Aurélio Mello, sugeriram punições mais baixas.
Fonte: Agência Estado

10 de novembro de 2012

No Sertão, prefeitos eleitos alertam para possível `colapso` no abastecimento de água e enviarão carta a Eduardo


Foto: divulgação
No mesmo dia em que a presidente Dilma Rousseff anunciou, em passagem pela Bahia, a liberação de R$ 1,8 bilhão para obras de prevenção da seca, prefeitos eleitos em cidades do Sertão pernambucano se reuniram para debater o problema na região. O resultado: mais preocupação e cobranças.
Os gestores alertaram para a possibilidade de haver um "colapso" no abastecimento de água e prometem enviar, na próxima semana, ao governador Eduardo Campos (PSB) e ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, uma carta na qual pedem agilidade nas obras da Adutora do Pajeú, recuperação de barragens e açudes e a urgente instalação de um "gabinete de crise" na região, com o envolvimento de todos os órgãos federais, estaduais e municipais que atuam no combate à estiagem.
A situação mais grave é a das barragens de Rosário e de São José do Egito, que operam com apenas 16% de sua capacidade. Em São José do Egito, toda a população de 32 mil habitantes está sendo abastecida por carros-pipa. Para abastecer Brejinho, os carros-pipa precisam buscar água nas cidades de Maturéia (PB) e Teixeira (PB).

Já em Afogados da Ingazeira, o prefeito eleito, José Patriota (PSB), informa que a maior barragem da região, Brotas, opera com apenas 32% de sua capacidade. "Se não chover forte nos próximos meses, a barragem entra em colapso em fevereiro", prevê. Ainda de acordo com o socialista, o maior problema dos mananciais do Pajeú é a evaporação. O volume de água perdido com a evaporação nas barragens de Boqueirão (PB) e Brotas é maior do que o volume de água retirado para abastecer as cidades sertanejas.

Durante a reunião, os prefeitos assistiram à apresentação do Gerente de meteorologia e mudanças climáticas da Agência Pernambucana de Água e Clima (APAC), Patrice Oliveira. Segundo ele, não há como prever chuvas para os próximos meses no Pajeú. "Houve uma diminuição do aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o que é um bom sinal. O grande problema é a bacia do Atlântico Sul, que está mais fria. Não há como prever nem seca e nem chuva para o Pajeú, com os dados técnicos atuais que estão disponíveis nos Institutos de meteorologia", afirmou Patrice.

De acordo com os prefeitos, as obras da Adutora do Pajeú, que poderiam amenizar o problema de abastecimento de água na região, estão em ritmo lento no trecho entre Floresta e Serra Talhada e paralisadas, no trecho entre Serra e Afogados da Ingazeira. A terceira etapa, que levaria água de Afogados até os municípios do Alto-Pajeú, sequer foi licitada. Mesmo assim, o governador Eduardo Campos já prometeu a entrega do projeto no fim deste ano.

8 de novembro de 2012

Comissão da Verdade começa a analisar atuação das igrejas na ditadura militar

A Comissão Nacional da Verdade fez nesta quinta-feira (8) a primeira reunião do grupo de trabalho que vai investigar o papel das igrejas na ditadura militar. Durante o encontro, especialistas e membros da comissão analisaram estudos acadêmicos existentes sobre o tema. “Estamos fazendo um primeiro balanço do estado da arte com especialistas e teremos que definir prioridades, porque não podemos tratar de todos os temas que envolvem essa questão”, apontou o professor Paulo Sérgio Pinheiro, coordenador do grupo.
Entre os casos que devem ser analisados está o do jornalista e ex-preso político Anivaldo Pereira Padilha. Ele foi delatado, no início da década de 1970, pelo pastor e pelo bispo da igreja da qual fazia parte. “Fui denunciado por minha atuação dentro da própria igreja. Na época, ocupava os cargos de diretor do Departamento Nacional de Juventude e editor de uma revista da igreja dirigida a esse público”, explicou. Padilha foi torturado e exilado, tendo retornado ao Brasil somente após a Lei de Anistia, em 1979.
A criação do grupo foi proposta pela sociedade civil em audiências públicas promovidas pela comissão, informou a assessoria de imprensa do órgão. “As igrejas são instituições da maior relevância na sociedade e é evidente que, ao lado das Forças Armadas, do empresariado, dos organismos do Estado, ela deve ser investigada”, reforçou Paulo Sérgio Pinheiro. Ele ressaltou que serão igualmente analisados fatos ligados à colaboração das igrejas ao regime e também relacionados à resistência.
“É importante resgatar essa memória para compreender melhor o presente e o futuro e para que essas instituições deem conta do quão nefasto isso foi para a sociedade brasileira em termos de atraso para a construção de uma sociedade democrática. O não esclarecimento desses crimes contribui para que a tortura continue a existir na sociedade brasileira”, avaliou Anivaldo Padilha.
A comissão ouvirá testemunhas e irá analisar documentos nos próximos meses. O material servirá de base para um relatório, com primeira versão prevista para janeiro de 2013. “Não vamos privilegiar nenhuma igreja. Isso vai ser mapeado pela documentação e pelos casos que nós vamos levantar”, disse o coordenador.
A comissão é formada por pesquisadores que estudam diversas igrejas, como a metodista, presbiteriana, luterana, batista e Católica.
Para Anivaldo Padilha, que atualmente é líder ecumênico metodista, alguns setores das igrejas não devem reagir bem às investigações, mas descarta empecilhos às pesquisas. “Setores mais conservadores ou que são remanescentes de grupos que apoiaram a ditadura, esses setores não vão estar muito contentes”, avaliou.
O coordenador do grupo, no entanto, destaca que não houve manifestação formal de nenhum grupo religioso.