3 de março de 2014

Governo reduz viagens de servidores durante a Copa

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A chamada inflação da Copa já assusta o governo, que age para contornar a disparada dos preços de passagens aéreas e hospedagem prevista para a época do evento, órgãos federais dispararam circulares ou orientações informais instruindo seus servidores a evitar viagens no período. Se os deslocamentos são inevitáveis, porém, a estratégia é cotizar a locação de casas ou apartamentos.

A Polícia Rodoviária Federal repete experiência testada na Copa das Confederações, no ano passado, quando os preços também subiram. Neste ano, com o deslocamento em massa de equipes para estradas próximas às cidades-sede - onde, nos cálculos do órgão, haverá aumento de até 50% no movimento de veículos, policiais já se organizam para alugar casas em conjunto.

A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) divulgou comunicado há três semanas em que orientava a "comunidade acadêmica" a não pedir ajuda de custo para conferências, congressos e outros eventos nas cidades da Copa. Atitude semelhante também vem sendo tomada pelo Ministério da Educação com bolsistas do Ciência sem Fronteiras. A Capes comprou com antecedência passagens para os bolsistas que terão que voltar ao país até junho, quando começam os jogos.

A iniciativa foi informada pela diretora de relações internacionais da agência, Denise Neddermeyer, em reunião no mês passado. De acordo com a ata do encontro, a compra adiantada dos bilhetes ocorreu "a fim de contornar os altos custos acarretados pelo período da Copa do Mundo". Nas agências reguladoras, responsáveis pela fiscalização de vários setores, a diretriz é só realizar viagens para o que for extremamente essencial. A tesoura não está poupando nem a Anac (Aviação Civil) nem a ANTT (Transporte Terrestre).

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