Além
de Pasadena, estão na lista de dores de cabeça geradas pela estatal a
construção da refinaria Abreu e Lima (PE), numa associação fracassada
com a Venezuela, e as recentes acusações de que uma empresa holandesa
pagou propina a funcionários da Petrobras.
Dilma
assumiu a Presidência disposta a remodelar o estilo de comando da
estatal. Tirou da presidência José Sérgio Gabrielli, presidente da
Petrobras durante boa parte da gestão Lula, para colocar no seu lugar
uma dirigente de sua total confiança, Maria das Graças Foster.
Ela
assumiu com a orientação da presidente de afastar todos os diretores
indicados por aliados políticos do governo. No lugar dos apadrinhados do
PMDB, PP, PTB e PT, colocou técnicos de sua total confiança.
A
indicada de Dilma fez também críticas à gestão anterior de Gabrielli. A
principal delas atingiu a construção da refinaria Abreu e Lima, projeto
bancado pelo ex-presidente Lula.
Para
Graça Foster, a refinaria é 'uma história a ser aprendida, escrita e
lida pela companhia, de tal forma a que não seja repetida'. Orçada
inicialmente em R$ 2 bilhões, seu preço final pode bater em R$ 20
bilhões.
As
críticas e mudanças no estilo de comando da estatal incomodaram os
aliados do ex-presidente Lula, que, em reação, criticam reservadamente o
que classificam de 'estilo intervencionista' de Dilma na Petrobras.
A
maior reclamação está na contenção de preços dos combustíveis,
estratégia para tentar segurar a inflação, que prejudicou o caixa da
empresa e levou a uma forte alta da sua dívida. (Da Folha de S.Paulo - Valdo Cruz e Natuza Nery)
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