Cesar Tralli no estúdio do telejornal local da Globo em São Paulo
Em nota, a corregedoria informou apenas que investiga Olim por causa de uma denúncia em rede social. A investigação é secreta, mas seu principal objetivo é investigar se o delegado usou um patrimônio público (um carro) para favorecer os jornalistas da Globo.
Segundo denúncia feita à corregedoria a partir de uma publicação no Facebook, Olim teria usado um carro da polícia descaracterizado para transportar Tralli e o também jornalista Robinson Cerântula, produtor especial do Jornal Nacional, o que pode vir a ser caracterizado como falta funcional. Tanto a Globo quanto o delegado negam que Tralli e Cerântula tenham usado o carro da polícia.
Carro da
polícia estacionado sobre a calçada em frente a placa de trânsito; ao
fundo, sentados ao lado do veículo, Cesar Tralli, Robinson Cerântula e o
delegado Antonio de Olim
O delegado só foi denunciado porque parou o carro sobre a
calçada Rua Haddock Lobo, nos Jardins, um dos bairros mais nobres de
SP, para evitar a enxurrada que corria pela rua e molharia seus
calçados. Indignada com a infração de trânsito e sem saber que se
tratava de um carro da polícia, uma moradora do bairro, Rebeca Anafe,
tirou uma foto e a publicou no Facebook. Seu protesto já foi
compartilhado mais de 1.400 vezes."Brasil, o país onde todos fazem o que querem! Estava tomando café na [Casa] Bauducco da Rua Haddock Lobo, esperando a chuva passar, para eu conseguir atravessar a rua (já que os bueiros não dão conta e desce um rio), quando chegou um carro, parou embaixo de uma placa 'proibido estacionar' e subiu as duas rodas na calçada. Desceram três homens para tomarem o cafezinho da tarde deles. Se um cadeirante quisesse passar, não dava, porque o carro do fofo estava na calçada. Um deles é o jornalista Cesar Tralli".
Ela continua: "Quando entraram e pediram para a funcionária secar a mesa do lado de fora para sentarem, eu falei: 'Senta no carro, já está na calçada mesmo”. Acho que ele não ligou, ou não ouviu. Depois de 20 minutos, quando a aguaceira tinha abaixado e eu consegui ir embora, ele [Tralli] estava lá ainda tranquilo, com o carro na calçada. “Parei na primeira esquina, avisei o policial, mas continuo indignada com a folga do povo brasileiro".
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