26 de março de 2014

Oposição vê chance de romper elo Dilma-Lula


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A oposição avalia que conseguiu abrir uma frente de batalha para tentar desmontar a forte ligação entre Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Não se trata de apostar num rompimento entre os dois petistas, mas de conseguir atacar a presidente sem que seja preciso disparar contra o seu antecessor.

A construção da refinaria Abreu e Lima (PE) e a compra de uma planta desse tipo nos Estados Unidos aconteceram no governo Lula, mas quem presidia o Conselho de Administração da Petrobras e mandava na área energética era a então ministra Dilma.

Dirigentes da oposição têm evitado atacar Lula e tratar esses episódios na maior estatal do país como se fossem do governo anterior. Trazem suas críticas para o presente. Preferem questionar a capacidade administrativa da presidente. Os adversários do governo adotaram esse caminho porque entendem que é mais fácil tentar desgastar Dilma do que Lula. Afinal, a candidata em outubro será ela, salvo reviravolta, hoje improvável.

O imbróglio Petrobras, o custo do pacote para baixar a conta de luz e o rebaixamento da nota de crédito do Brasil estão sendo usados pela oposição para colocar sob suspeita a imagem de boa gerente que Dilma sempre cultivou.

No campo da oposição, é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), quem mais tem procurado uma forma de atacar Dilma preservando Lula. Uma novidade dos últimos dias foi o senador Aécio Neves (MG), que deverá ser o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, criticar a presidente de maneira mais dura.

Um dos pilares da estratégia eleitoral do PT é sempre procurar falar dos últimos 11 anos, juntando os dois mandatos de Lula com o período de Dilma. No PSDB e no PSB, prepondera hoje a avaliação de que já é possível tentar vender para o eleitorado que Dilma e Lula são presidentes diferentes.
(Blog de Kennedy Alencar).

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