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A proposta, aprovada nos últimos dias no Senado e no aguardo da sanção da presidente Dilma, fala nos transtornos à população rural, que "ou deixa de ser atendida ou passa a demandar serviços de transporte escolar". Por isso, a ideia é exigir estudos e consulta prévia à comunidade sobre o fechamento das escolas. Hoje, prefeituras e Estados se queixam de custos de manutenção e de infraestrutura.
Em alguns casos, o fechamento é acompanhado de uma "nucleação" --quando várias escolas menores são unidas em uma só "escola-polo", maior que as primeiras, ainda na zona rural. Em outros, o vazio de escolas no campo e as longas distâncias até as escolas-polo obrigam alunos a se deslocar diariamente até a cidade.
É o caso de Diego, 12, da zona rural de Aratiba (RS). Para chegar à escola, ele se despede dos pais às 10h45, após o almoço, e anda por 1 km até um ponto de ônibus, onde sobe em uma van com colegas. É então deixado na beira da estrada, onde espera 40 minutos pelo ônibus que irá completar o trajeto. Horário de chegada à escola? 12h30.
Após quatro anos nessa rotina, Diego diz que o trajeto cansa, mas já está acostumado --o que não ameniza a preocupação do pai em vê-lo à beira da estrada. "Tem um abrigo, mas, quando chove, eles se molham, porque não cabe todo mundo", diz o agricultor Alcebíades Cense.
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