13 de dezembro de 2013

Líder do PPS pede que Comissão da Verdade apure se Lula era informante da ditadura

Ex-presidente Lula, do PT, pode ser investigado pela Comissão Nacional da Memória e da Verdade, órgão criado pela Presidência da República para investigar crimes e aliados do regime militar (1964-1985). O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno, encaminhou nesta quinta (12) um ofício ao coordenador do colegiado, José Carlos Dias, sugerindo que a comissão investigue a suposta colaboração de Lula com o aparato de repressão na década de 1980.
Numa entrevista Romeu Tuma Júnior à revistaVeja, o ex-secretário nacional de Justiça disse que o ex-presidente teria sido informante de seu pai, o ex-delegado Romeu Tuma, junto ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), famoso órgão repressor de movimentos políticos e sociais contrários ao regime durante a época da ditadura militar.
Indagado pela revista se possuía provas a esse respeito, Tuma Júnior teria respondido o seguinte: “Não excluo a possibilidade de algum relatório do Dops da época registrar informações atribuídas a certo informante de codinome Barba”. Em seu ofício, Bueno diz a José Carlos Dias que “espera sejam tomadas as providências cabíveis para que sejam os fatos devidamente averiguados, a fim de que seja estabelecida a verdade histórica”.
Ainda de acordo com o líder do PPS, se a verdade histórica envolve uma participação de Lula diferente daquela que se imaginava até o presente momento, o de vítima e não colaborador da ditadura, isso deve ser esclarecido.
“O Brasil precisa saber se é verdade que o ex-presidente era um informante da polícia política da ditadura militar e, ainda, com qual finalidade. Teria sido Lula um delator de seus companheiros? Quem ele teria delatado? Quando isso teria ocorrido?”, indaga Bueno no documento expedido à Comissão.
A Comissão Nacional da Verdade foi criada por lei em 2011 e desde o ano passado investiga episódios sobre violações dos Direitos Humanos no Brasil no século 20, em períodos de Ditadura Militar.

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