“Quando esse trâmite for cumprido, as pessoas irão enfrentar a fila normalmente e irão fazer as visitas em horários que já são determinados para todos os presos”, informou ontem o diretor da penitenciária, Sérgio Paulo Siqueira.
Estão detidos os vereadores Silvando Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Pastor Jadiel (PROS) e Val das Rendeiras (PROS) – todos da base aliada do prefeito José Queiroz (PDT) – e os oposicionistas Joseval Lima (DEM), José Evandro Silva (PMDB), Lourinaldo Morais (PS), Jaílson Soares (PPS), Eduardo Cantarelli (PMDB) e Neto (PMN). Eles são acusados de tentar extorquir o prefeito José Queiroz, que tentava aprovar alguns projetos, principalmente o da aquisição de um empréstimo de R$ 250 milhões para implantar o sistema de BRT na cidade.
Segundo a Polícia Civil, os dez vereadores tentaram pedir propina na ordem de R$ 2 milhões para aprovar o projeto. Advogados de alguns dos presos – que pediram habeas corpus – informaram que aguardam para este final de semana uma decisão favorável aos seus clientes no Tribunal de Justiça.
A sexta-feira (20) foi de muita movimentação na Delegacia Regional de Caruaru, com vereadores que não foram presos sendo convidados a prestar depoimento. Compareceram o presidente da Câmara, Leonardo Chaves (PSD), o presidente da Comissão de Ética, Ricardo Liberato (PSC), Lula Torres (PR) e Demóstenes Veras (PSD).
“É uma situação muito complicada que a Câmara de Vereadores e seus integrantes estão passando. Fui intimado e compareci”, disse Lula Torres, logo após o seu depoimento. Ele informou que autorizou a Polícia Civil a quebrar seu sigilo telefônico e bancário. “Eles estão autorizados a quebrar meus sigilos. Não tenho nada a esconder. Não tenho nada com isso e nunca recebi propostas para votar contra ou a favor de qualquer projeto”, disse Torres, que exerce o sexto mandato consecutivo.
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