Segundo a receita, o paciente deveria tomar 24 comprimidos do antibiótico de oito em oito horas. A dose recomendada, segundo o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), não deveria passar de uma cápsula diária durante três dias – em casos considerados mais graves, o período de medicação poderia ser estendido a uma pílula diária por oito dias.
Um médico supervisor do Ministério da Saúde, que foi à cidade apurar a informação, confirmou que Cazajus foi o autor da prescrição. Ele disse que o médico recomendou a superdosagem devido à gravidade do quadro clínico do paciente, que apresentou infecção respiratória acentuada por falta de ar.
Ainda segundo o supervisor, o paciente é fumante e apresenta um histórico de resistência ao tratamento. O diretor da secretaria municipal da Saúde, César Santos, confirmou a informação e disse que o procedimento do profissional se baseou em “evidência clínica”.
- O paciente não apresentou nenhum sintoma em função da dose prescrita e seu quadro de saúde é estável – informou Santos.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que está em Tramandaí para “acompanhar e avaliar” a atuação do profissional, após a comunicação de prescrição de uma dose “possivelmente inadequada” de um antibiótico. Não houve nenhuma denúncia formal contra o médico e a investigação foi motivada por informações da imprensa.
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