18 de dezembro de 2013

Tecnologia ajuda os agricultores do Sertão de Pernambuco a atravessar a seca

Algumas tecnologias simples de armazenamento de água estão permitindo que agricultores de uma região de Pernambuco convivam bem com a seca. Um sítio cercado de flores em Araripina, no sertão de Pernambuco, chama a atenção. Quem vê o quintal cheio de canteiros com frutas, verduras e legumes não imagina que toda esta fartura está em uma região devastada pela seca.
A explicação para o oásis em pleno território da seca está no fundo do quintal: uma cisterna calçadão, capaz de armazenar 52 mil litros de água da chuva. Graças a um conjunto de tecnologias simples, baratas e eficazes, é possível minimizar os efeitos da seca e atravessar a estiagem mais severa com menos sofrimento.
Quando chove, a cisterna armazena a água que cai em um calçadão feito com placas de cimento, como se fosse um funil. Esta água é utilizada para plantar e fica em um lugar diferente da água armazenada para consumo.
Outra fonte de renda importante para Eliete Macedo são as galinhas caipiras com a incessante produção de ovos. Com comida e água no sítio, elas não se abalaram, assim, a mesa está sempre farta na casa da agricultora e ela sabe que tudo isso é possível graças aos mecanismos de convivência com a seca.
Outra tecnologia recém-implantada é a cisterna enxurrada. Ela é construída na parte mais baixa do terreno, no trajeto da água que escorre da chuva. Podem armazenar 52 mil litros de água. Caixas de cimento servem como decantadores para filtrar as impurezas. O estoque de água serve para plantar e para o consumo animal.

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