"O Mãe Coruja é uma atitude nova do estado, diante de um problema velho que é a exclusão e a desigualdade. É preciso acabar com o complexo de vira-lata no padrão de funcionamento do estado, extirpando valores de que se é para o pobre pode ser feito de qualquer jeito. Vamos radicalizar ao oposto, para fazer justiça social e também a maior de todas as obras, que é mudar a vida de uma pessoa".
O III Encontro Mãe Coruja, em Gravatá, segue até esta quinta-feira (12), apresentando os resultados alcançados, por meio do trabalho integrado de nove secretarias estaduais, nos seis anos da implantação da política pública estadual voltada para a redução da mortalidade infantil.
Implantado em 2007, o Mãe Coruja já conseguiu diminuir de 21,3 para 15,7 o coeficiente de mortalidade infantil em Pernambuco - considerando um grupo de mil nascidos vivos.
Segundo o governador, alcançar tal resultado só foi possível com a superação de antigas práticas de gestão.
"A integração dos braços do serviço público é a coisa mais difícil do mundo, porque primeiro é preciso vencer a cultura da elite, de um estado ainda patrimonialista, que quer ser dono de uma 'caixinha'. E esse não pode ser o foco. O foco tem que ser chegar na vida de uma pessoa que está precisando e ajudar a mudá-la para melhor", asseverou o governador.
Irailda Quitéria, 'mãe coruja" de três crianças, deu testemunho de como o programa mudou a vida de sua família.
"Quando engravidei do meu terceiro filho, mergulhei numa depressão e não conseguia mais nem cuidar dos meus outros dois filhos. Com o Mãe Coruja, eu saí de casa, fiz cursos, fui orientada e isso me abriu novas oportunidades. Então, o programa me estendeu a mão, me levantou e me tirou do isolamento. Hoje, voltei a ser uma mulher ativa, a acreditar que vale a pena viver, a ter sonhos e é isso que quero passar para os meus filhos", discursou Iranilda.
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