Marília Arraes aspirava à vaga que a tia, Ana, ocupou na Câmara Federal
As críticas da vereadora Marília Arraes ao PSB pelo fato de ter
sido preterida como um dos candidatos do partido à Câmara Federal abrem
uma divergência na família pelo legado do avô dela, Miguel Arraes de
Alencar. Este foi pai de uma dezena de filhos e poderia ter ungido
qualquer deles para militar na vida pública. Mas quem se revelou
vocacionado foi o neto mais velho, Eduardo Campos, que começou a
assessorá-lo aos 16 anos de idade. Eduardo foi, sucessivamente, chefe de
gabinete do avô, deputado estadual, secretário do governo e da fazenda,
deputado federal, líder da bancada do PSB, ministro da Ciência e
Tecnologia, governador e candidato a presidente da República. Marília
aspirava a ser, apenas, deputada federal na vaga da tia, Ana, que
herdara a cadeira deixada pelo filho quando se candidatou a governador.
Mas o PSB entende que o lugar dela deve continuar sendo a Câmara
Municipal do Recife.
Acomodação política
Marília Arraes não ficou surpresa pelo fato de Geraldo Júlio
(PSB) não ter escolhido para substituí-la na Secretaria de Juventude e
Qualificação Profissional o seu adjunto, Guilherme Leitão, filho do
ex-prefeito de São Vicente Férrer, Honorato Leitão. É que na ocasião,
diz ela, o prefeito já havia “deixado claro” que não poderia tratá-la
como aliada. E o convite a Jayme Asfora (PMDB) para substituí-la “só
reforça a tese de que a pasta foi criada para acomodação política”. (Inaldo Sampaio).
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