10 de junho de 2014

Marília Arraes aspirava à vaga que a tia, Ana, ocupou na Câmara Federal

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As críticas da vereadora Marília Arraes ao PSB pelo fato de ter sido preterida como um dos candidatos do partido à Câmara Federal abrem uma divergência na família pelo legado do avô dela, Miguel Arraes de Alencar. Este foi pai de uma dezena de filhos e poderia ter ungido qualquer deles para militar na vida pública. Mas quem se revelou vocacionado foi o neto mais velho, Eduardo Campos, que começou a assessorá-lo aos 16 anos de idade. Eduardo foi, sucessivamente, chefe de gabinete do avô, deputado estadual, secretário do governo e da fazenda, deputado federal, líder da bancada do PSB, ministro da Ciência e Tecnologia, governador e candidato a presidente da República. Marília aspirava a ser, apenas, deputada federal na vaga da tia, Ana, que herdara a cadeira deixada pelo filho quando se candidatou a governador. Mas o PSB entende que o lugar dela deve continuar sendo a Câmara Municipal do Recife.

Acomodação política

Marília Arraes não ficou surpresa pelo fato de Geraldo Júlio (PSB) não ter escolhido para substituí-la na Secretaria de Juventude e Qualificação Profissional o seu adjunto, Guilherme Leitão, filho do ex-prefeito de São Vicente Férrer, Honorato Leitão. É que na ocasião, diz ela, o prefeito já havia “deixado claro” que não poderia tratá-la como aliada. E o convite a Jayme Asfora (PMDB) para substituí-la “só reforça a tese de que a pasta foi criada para acomodação política”. (Inaldo Sampaio).

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