Eles pedem a readmissão de profissionais que foram cortados do quadro da SES. Motoristas de ambulâncias da Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizaram um protesto, no início da manhã desta quarta-feira (8), em frente à casa do governador Eduardo Campos, no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife. Eles reclamavam da demissão de 65 profissionais, maior parte depois que eles fizeram uma greve em dezembro passado. Às 9h20, os cerca de 30 manifestantes entraram em acordo e decidiram terminar o protesto.
Por volta das 9h, a empresa Higiene,
responsável pelo serviço terceirizado de ambulâncias, negociou com a
ajuda do sindicato dos motoristas as condições para o fim do protesto.
Em data ainda não divulgada, será feita uma seleção para recontratar os
motoristas demitidos. A dispersão da manifestação aconteceu às 9h20.
Um dos motoristas demitidos, João
Sobral, estava indignado com a situação em que ficaram os profissionais.
"O dono da Higiene descumpriu uma determinação do Ministério Público.
Ele nos demitiu por justa causa em pleno mês de dezembro. Tivemos que
amargar a péssima situação financeira e ainda não nos recuperamos até
hoje. Apesar de tudo, nós acreditamos no Governo do Estado, para
resolver esta situação", disse Sobral.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde
esclarece que não demitiu funcionários ligados à empresa Higiene. E que
nunca possuiu vínculo empregatício com esse grupo de motoristas. A SES
mantém um contrato de locação de veículos com a Higiene, que está
funcionando plenamente neste momento, atendendo os hospitais da rede.
A SES ressalta também que a contratação e
a demissão, assim como a escolha dos funcionários, são feitas
exclusivamente pela empresa, com a qual a SES está em dia nos
pagamentos. A questão trabalhista entre o grupo de funcionários e a
Higiene foi resolvida entre o sindicato da categoria e a empresa com
intermédio do Ministério Público do Trabalho.
INSATISFAÇÃO - Há cerca de um mês
(04/12/2013), os motoristas de ambulância procuraram o governador
Eduardo Campos e o secretário estadual de saúde, Antônio Figueira, para
reivindicar a regulação das contratações por parte da terceirizada
Higiene. A reclamação era de que a empresa teria o "costume" de demitir
os funcionários para recontratá-los pagando um salários mais baixo.
Entretanto, as partes não chegaram a um
acordo. Devido à paralisação, cerca de 65 motoristas foram demitidos, na
época, descumprindo uma promessa do secretário da Casa Civil
pernambucana, Tadeu Alencar. Os profissionais chegaram a ter o salário
reduzido de R$ 1.498 para R$ 1.072.(informações jornal do comercio).
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