15 de janeiro de 2014

Mesmo com chuvas, açudes no Sertão de Pernambuco estão em estado crítico


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O período chuvoso que começou em dezembro de 2013 em algumas cidades do Sertão pernambucano amenizou a situação das barragens, mas não acumulou água suficiente para tranquilizar a população que sofre com a estiagem prolongada. A Agência Pernambucana de Águas e Climas – Apac, que monitora o nível de todas as barragens e açudes do estado, afirma que a maioria deles está com o nível muito abaixo da capacidade.

Ao todo, 20 plataformas de monitoramento da Apac estão situadas no Sertão. O analista de recursos hídricos, Rony Melo, afirmou que dos 37 reservatórios situados na região, 22 deles estão em colapso, o que corresponde a 2 bilhões de metros cúbicos de água distribuídos. “Estas barragens tem atualmente cerca de 15% de sua capacidade de máxima de acumulação”, disse Rony Melo.

“Essa chuva não foi suficiente pra aliviar a situação geral dos reservatórios. Para que a água consiga chegar até eles não basta apenas chover, mas a chuva tem que ser forte o suficiente para saturar o solo e vencer obstáculos como barramentos ao longo dos rios e riachos ou pequenos barreiros e enfim escoar até aos reservatórios”, afirmou o analista da Apac.

Segundo o setor de Meteorologia e Mudanças Climáticas da Apac, a última chuva que conseguiu completar em 100% os reservatórios do Sertão foi em 2004. “Essas chuvas que caíram até o momento que vão de novembro até janeiro são chamadas de chuvas da pré-estação”, ressaltou o gerente de meteorologia e mudanças climáticas da Apac, Patrice Oliveira.

Em Terra Nova, no Sertão de Pernambuco, em dezembro choveu cerca de 180 milímetros. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, José Edvaldo de Barros, o maior reservatório do município é a Barragem Nilo Coelho, está com cerca de 10% de sua capacidade. “A chuva aqui foi pouca. Em 2014, as nuvens nem fecharam, não tivemos chuva”, lamentou o secretário.

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