Uma testemunha ouvida na tarde desta quarta-feira pelo Ministério
Público confirmou que é verdadeira a planilha apreendida com o auditor
fiscal Luís Alexandre de Magalhães, que traz uma lista de 410 empresas
que pagaram propina para reduzir o valor de ISS (Imposto sobre Serviços)
devido à Prefeitura de São Paulo.
A testemunha é um dos auditores presos e que decidiu realizar um acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Máfia do ISS dava 'desconto' maior a grandes devedores
Empresas negam ter pago propina a envolvidos na máfia do ISS
O documento aponta o pagamento de R$ 29 milhões em propina no período de
junho de 2010 a outubro de 2011 e cita uma série de gigantes do setor
imobiliário, ao menos dois hospitais e uma igreja evangélica.
No depoimento, ele ainda disse ao promotor que mais 11 auditores
integravam a chamada máfia do ISS. O papel desses auditores, segundo a
testemunha, era trazer novos clientes à quadrilha, mediante comissão de
15%.
A testemunha, segundo Bodini, disse que nem todos os 410 empreendimentos
da lista pagavam propina e apontou o shopping Iguatemi como um deles.
Após a revelação da lista, a assessoria de imprensa do Iguatemi afirmou
que não era responsável pelo licenciamento de suas obras, que caberia a
uma terceirizada.
Também hoje, mas pela manhã, um representante da construtora Tarjab
confirmou que a empresa pagou propina para licenciar oito
empreendimentos, mas disse que era vítima de achaques da máfia. Foram
sete pagamentos de em média R$ 70 mil e um último, de R$ 200 mil.
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