O São Paulo Futebol Clube comunica com o mais
profundo pesar e saudade o falecimento de seu eterno craque Pedro
Rocha, El Verdugo, em São Paulo, na noite da última segunda-feira
(2). Um dos maiores nomes da história do Tricolor, o
ex-meio-campista completaria 71 anos de idade nesta terça-feira
(3).
Único jogador uruguaio a disputar quatro Copas do
Mundo (de 1962 a 1974) e ídolo máximo de toda uma geração de
são-paulinos, Pedro Virgilio Rocha Franchetti lutava há
anos contra uma atrofia do mesencéfalo, que afetou os seus
movimentos e a fala.
De 70 a 77, El Verdugo - apelido que recebeu porque
"matava" os adversários com a sua categoria, seu chute fortíssimo,
suas cabeçadas arrasadoras e sua visão de jogo - encantou a torcida
são-paulina e cravou o seu nome no Tricolor. Uruguaio nascido em
Salto, veio do Peñarol com um currículo invejável, com títulos como
campeão da Libertadores América e do Mundo. Aqui, conquistou
títulos e o coração de toda uma torcida.
A mágica e a mística de Pedro Rocha estarão para
sempre nas páginas de ouro da trajetória do São Paulo Futebol
Clube, que se solidariza com a família, amigos e admiradores deste
notável gênio da bola neste momento de dor e saudade.
> HISTÓRICO
Pedro Rocha chegou ao clube em 1971, com 28 anos, e
brilhou com a camisa do São Paulo até os 34. Até mesmo o Rei do
Futebol, Pelé, não escondia a sua admiração pelo uruguaio, dizendo
que ele era, na sua opinião, um dos cinco maiores jogadores do
mundo. Defendendo o Tricolor, El Verdugo atuou em 393 jogos e
balançou as redes 119 vezes. Nesse período, conquistou os
Campeonatos Brasileiros (1977) e Paulista (1971 e 1975).
No livro "Tricolor Celeste", do jornalista Luís
Augusto Símon, o técnico Muricy Ramalho revelou a sua admiração
pelo uruguaio. Ambos atuaram juntos na década de 70, no São Paulo,
e ajudaram nas conquistas do clube, que sempre possuiu grande
identidade com atletas uruguaios, como Lugano, Pablo Forlán e Darío
Pereyra.
"Ele era muito educado, um cara diferente no futebol.
Caladão, não era de muita brincadeira e gostava muito de jogar
sinuca. Era invencível, tinha uma precisão para defender e atacar,
até parecia que estava jogando futebol. Para ficar perto dele,
comecei a jogar sinuca também. Melhorei muito, mas nunca consegui
vencer Pedro Rocha. Mas estava ali, perto dele. Era a prova de que
estava vencendo na vida. O cara era um gênio da bola", afirmou o
atual comandante são-paulino.
E entre as memoráveis histórias do ex-meio-campista
no Tricolor, certamente o dia 11 de maio de 1974 tem um gostinho
especial. Há 39 anos, o São Paulo entrou em campo no Estádio
Centenário de Montevidéu e encarou a fortíssima Seleção do Uruguai,
que se preparava para a Copa do Mundo daquele ano. Casa cheia, 55
mil pagantes, mais de 70 mil torcedores presentes no total. Triunfo
são-paulino por 1 a 0, gol de Pedro Rocha.
O tento da épica vitória veio de jogada entre dois
uruguaios que não defendiam a Celeste Olímpica na ocasião, mas sim
o Tricolor do Morumbi. Pablo Forlán passou a Pedro Rocha, que
avançou cara a cara com o goleiro, e guardou. Poucas outras
situações poderiam exemplificar tão bem a relação do São Paulo
Futebol Clube com o Uruguai e seus atletas.
> FICHA TÉCNICA
Jogos disputados pelo
SPFC: 393
Estreia: 27/09/1970
Último jogo: 02/10/1977
Gols Marcados pelo SPFC: 119
Nascimento: 03/12/1942, Salto (Uruguai)
Títulos conquistados no SPFC: Campeão Paulista de 1971 e 1975. Campeão Brasileiro de 1977 (sem atuar)
Estreia: 27/09/1970
Último jogo: 02/10/1977
Gols Marcados pelo SPFC: 119
Nascimento: 03/12/1942, Salto (Uruguai)
Títulos conquistados no SPFC: Campeão Paulista de 1971 e 1975. Campeão Brasileiro de 1977 (sem atuar)
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