A
Polícia Federal do Rio Grande do Norte deflagrou na manhã desta
quarta-feira (4) uma operação para cumprir 51 mandados de busca e
apreensão, 22 prisões temporárias e 15 de condução coercitiva – quando o
suspeito é obrigado a acompanhar a autoridade policial para prestar
depoimento. Denominada Operação Forró, a ação também cumpriu mandados em
Pernambuco e no Rio de Janeiro e tem cerca de 200 policiais envolvidos.
Entre os presos, há um policial militar reformado, três PMs da ativa e
um policial civil.
De acordo com a Polícia Federal, a
investigação acontece há mais de um ano e identificou duas organizações
criminosas voltadas para a prática de exploração do jogo do bicho e de
jogos eletrônicos, denominados caça-níqueis, cujos componentes são
contrabandeados. Além da prática de contrabando e de integrar
organização criminosa, suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro
pesam contra os investigados. Os mandados foram expedidos pela justiça
potiguar.
A
assessoria de comunicação da PF revelou que a investigação apurou que
as supostas organizações criminosas corrompiam policiais militares e
civis, “que inclusive prestavam serviço de segurança aos
estabelecimentos de jogos ilícitos. Há mandados de prisão temporária
expedidos contra um policial militar reformado, três PMs da ativa e um
policial civil. Outros dois PMs serão conduzidos coercitivamente pelos
policiais”.
Durante a operação Forró, a PF contou com apoio de policiais
militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio
Grande do Norte.Segundo a polícia, o nome da operação refere-se à versão de que a origem da palavra forró viria do inglês “for all”, expressão que, traduzida, significa “para todos” e identifica uma das bancas do jogo do bicho sob suspeita.
A polícia dará mais detalhes sobre a operação durante entrevista coletiva marcada para o final dessa manhã.
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