14 de julho de 2014

Final constrangedor



Se para o Brasil como sede do mundial a Copa foi um sucesso, para a presidente Dilma se transformou num palanque constrangedor. Levou vaias e insultos na abertura e na final.
Sem aparentemente se intimidar mais com as ofensas que ouviu em sua participação na abertura, ela começou a ouvir vaias assim que foi focalizada pelo telão.
A presidente se posicionou ao lado de Ângela Merkel, chanceler da Alemanha, e de dirigentes da Fifa para a entrega de medalhas aos vice-campeões e aos campeões da Copa. As vaias contra Dilma se transformaram em coro na hora em que os jogadores da Alemanha levantaram a taça.
“Ei, Dilma, vai...”, gritaram alguns brasileiros, repetindo o contestado grito da abertura da Copa do Mundo. Quando os fogos ganharam os céus do Rio de Janeiro e os jogadores da Alemanha voltaram a festejar, no entanto, Dilma acabou esquecida.
Mas, ai o estrago já estava feito, conforme previsto e alertado pelo marqueteiro da presidente. A maioria dos brasileiros que arcou com os caros ingressos da final do Mundial se juntou aos alemães para fazer festa, enquanto muitos argentinos ainda lamentavam a derrota na prorrogação.
A TV-Globo, entretanto, abafou as hostilidades contra a presidente e o bajulador Galvão Bueno ainda ensaiou um discurso de reprovação num tom ridículo, como de fato ele é.
Em nenhum momento, nem quando entregou o troféu ao capitão do selecionado alemão Dilma exibiu um sorriso, deixando transparecer o grande constrangimento pelas vaias e insultos.
A presidente sabia que seria vaiada? Ela e todo o Maracanã! Foi o preço que pagou e que certamente terá reflexos agora e ao longo da campanha eleitoral. Na realidade, nem com uma vitória brasileira na final Dilma teria escapado das manifestações hostis.

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