27 de abril de 2014

Situação de Padilha próxima da de Humberto em 2006


Diante da citação do nome de Alexandre Padilha (PT), pré-candidato ao governo de São Paulo, na Operação Lava-Jato, que investiga esquema de lavagem dinheiro e evasão de divisas com atuação de doleiros em torno de R$ 10 bilhões, a bancada federal da legenda no estado se reúne hoje emergencialmente com o ex-ministro da Saúde para avaliar o estrago eleitoral da denúncia. O encontro não foi divulgado oficialmente. Nos bastidores, há o temor de que novas revelações enfraqueçam ainda mais Padilha, que ainda patina nas pesquisas de intenção de voto.
Em 2006, em Pernambuco, o senador Humberto Costa (PT-PE) viveu situação parecida. Na ocasião, ele era candidato ao governo do estado contra o governador Medonça Filho (DEM). Ocupava o segundo lugar com folga nas pesquisas, até a Polícia Federal desencadear, em maio, a chamada Operação Sanguessuga, que apurou a máfia das ambulâncias na época em que o petista era ministro da Saúde. Como consequência, Eduardo Campos (PSB) cresceu nas pesquisas, Humberto Costa ficou de fora do segundo turno e o socialista venceu o pleito. Posteriormente, o petista pernambucano foi inocentado de qualquer envolvimento com o esquema investigado.
Um parlamentar petista ouvido reservadamente pelo Correio afirmou que a substituição do pré-candidato não foi ventilada no momento, mas “é preciso esperar, porque ainda não sabemos se vem mais coisa por aí”. A avaliação é de que, até agora, as denúncias contra o ex-ministro são “fofas demais e não o vinculam diretamente ao doleiro Alberto Youssef (considerado líder da organização criminosa)”.(Do Correio Braziliense)

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