O professor
de Química José Luís de Sá da Silva, de 21 anos, passou em quinto lugar
no concurso público da Diretoria de Ensino de São João da Boa Vista, SP.
Mas o Governo paulista o impediu de assumir cargo público, por ser
gordo. Segundo o Departamento de Perícias Médicas do Estado, Sá da Silva
não pode ser nomeado por 'apresentar doença grave' - obesidade mórbida,
com índice de massa corporal de 43,5. O professor gordo dá aulas há
dois anos na rede estadual como temporário e nunca faltou ao serviço.
Mas ser nomeado não pode - só serve para trabalho precário, sem
garantias. 'É discriminação', sustenta. E é.
Os parâmetros
usados para discriminar Silva teriam impedido Adhemar de Barros de
exercer o Governo paulista. O mineiro Newton Cardoso não poderia ter
sido governador. Só serviria para o serviço público gente magrinha -
como o presidente sírio Hafez Assad, ou o dirigente nazista Adolf
Hitler. Gordos como Churchill, ou como o papa João 23, seriam vetados
por incapacidade física. O curioso é que o PSDB, que domina o Governo
paulista e discrimina gordos, tem Sérgio Motta como fundador e
benfeitor. Ninguém poderia chamá-lo de magro.
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