De dentro do presídio, Marcos Camacho, o Marcola, apontado como chefe da facção, consegue controlar aproximadamente 3 mil homens de acordo com as estimativas das autoridades – segundo os detentos, esse número chega a 20 mil. Marcola e outros líderes do PCC se encontram de segunda a sexta durante o banho de sol, e desses encontros resultariam as ordens para realizar ataques, sequestros, tráfico de drogas e assassinatos.
Depois que um superplano de fuga arquitetado para retirar Marcola da prisão foi descoberto, o governo de São Paulo pediu que ele fosse transferido para um presídio em Presidente Bernardes, onde cumpriria a pena em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), um sistema mais severo de detenção. Assim, desde o dia 11 de março, ele estava cumprindo a sentença em isolamento, ficando em uma cela separada, sem acesso a meios de comunicação e tendo direito a apenas duas horas de banho de sol.
Apesar de sua periculosidade, o Desembargador Péricles Piza, do Tribunal de Justiça de São Paulo, entendeu que não havia evidências de que Marcola tivesse participado do plano de fuga e ordenou que ele fosse retirado do RDD no dia 10 de abril. Retornando para o presídio de Presidente Venceslau, Marcola volta a ter acesso a jornais e televisão, visitas duas vezes por semana, contato com outros detentos e banhos de sol de seis horas diárias.
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