Paulo
Maluf está de volta às manchetes. Foi condenado pelo Tribunal de
Justiça de São Paulo por superfaturar um túnel. Diz-se que não poderá
pedir votos em 2014. Seus direitos políticos estariam suspensos pelos
próximos cinco anos. Será?
Se
o Brasil fosse um país lógico, as urnas já estariam livres de Maluf há
tempos. Ele só continua nas manchetes porque o país desobrigou-se de
fazer sentido, concedendo-lhe uma licença vitalícia para a reabsolvição.
O
Brasil de Maluf é um país onde ninguém tem biografia. Se você fixar o
olhar num ponto fixo da política brasileira, é só esperar. Maluf vai
passar várias vezes de um lado para o outro, enganchado a diferentes e
inusitados personagens.
Em
2012, Maluf passou para o lado do PT. Posou nos jardins de sua mansão
abraçado a Lula e a Fernando Haddad. Anos antes, em 1998, Maluf, então
candidato a governador, aparecera num outdoor ao lado do então
presidente FHC, do PSDB.
Agora
mesmo, numa nova evidência de que o Brasil fez uma opção pela
inconsequência, o tempo de tevê do PP de Maluf é disputado em São Paulo
pelo PT de Alexandre Padilha e pelo PSDB de Geraldo Alckmin.
Retorne-se
ao início: Maluf está de novo pendurado nas manchetes. Condenado pelo
TJ paulista, diz-se que está inelegível por cinco anos. Os advogados de
Maluf informam que recorrerão ao STJ e ao STF. E sustentam que ele pode,
sim, pedir votos em 2014. O que, pela ilógica que impera no Brasil,
parece inteiramente lógico. (PE NOTÍCIAS)
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