24 de novembro de 2013

Nordeste salva Dilma


Um dado chamou a atenção na pesquisa presidencial do Ibope da última segunda-feira: 62% dos entrevistados se manifestaram a favor de mudanças. O percentual é alto se levado em consideração à aprovação da gestão Dilma, estagnada na casa dos 40%.
As intenções de voto em Dilma também alcançaram um teto, cuja média é de 42%. Para sorte dela, a oposição não avança. Mais conhecido entre os opositores, o tucano patina entre 13% e 15%, enquanto o governador Eduardo Campos, que estava com 10%, caiu para 7%, diferença dentro da margem de erro, que é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
A força de Dilma se concentra, hoje, nas camadas mais pobres da população, entre os eleitores de baixa escolaridade e entre os eleitores do Nordeste, estes dependentes dos programas de distribuição de renda.
Na outra ponta, é desconfortável a situação da presidente no Sul e Sudeste, regiões mais ricas, e entre os formadores de opinião, as classes A e B. O quadro, no entanto, não é diferente do que foi observado nas eleições passadas.
Contra José Serra, em 2010, Dilma, que havia perdido para o tucano no Sul e Sudeste, Dilma reverteu à curva negativa com a avalanche de votos no Nordeste, onde impôs uma frente superior a 10 milhões de votos.
Como o programa Bolsa-Família, principal instrumento de inclusão social do Governo, foi ampliado e priorizado e até premiado internacionalmente, é muito provável que este fenômeno seja repetido, garantindo, assim, a reeleição de Dilma.(blogmagnomartins)

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