LONDRES, 15 novembro 2013 (AFP) - Sete grandes meios de comunicação audiovisuais internacionais, entre eles a BBC, denunciaram a violência de que os jornalistas são alvo em zonas de conflito e pediram uma atitude do Conselho de Segurança da ONU.
Quase duas semanas após o assassinato de dois jornalistas da Radio France Internationale (RFI) em Mali, estes meios de comunicação expressaram "sua grande preocupação com o aumento e o agravamento dos atos violentos e das ameaças contra jornalistas em várias regiões do mundo".
O comunicado lembra que este ano oito jornalistas morreram na Síria e seis, no Egito.
Os meios de comunicação que se uniram neste protesto são BBC, France Médias Monde, Australian Broadcasting Corporation (ABC, Austrália), Broadcasting Board of Governors (BBG, Estados Unidos), Deutsche Welle (DW, Alemanha), Nippon Hoso Kyokai - Japan Broadcasting Corporation (NHK, Japão) e Radio Netherlands Worldwide (RNW, Holanda).
Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), 76 jornalistas e blogueiros morreram e 354 foram detidos em todo o mundo desde o início do ano.
"Acontece frequentemente que os governos não fazem nada ou quase nada quando jornalistas são mortos", denunciou o grupo, exigindo que o Conselho de Segurança da ONU seja "mais ativo para sensibilizar o mundo para este problema e, sobretudo, para a impunidade que beneficia os autores desses ataques a jornalistas e funcionários dos meios de comunicação".
Os meios de comunicação lembram que o Conselho de Segurança adotou em 2006 a resolução 1738, que determina que os profissionais da imprensa têm status de civis nos conflitos e que considerá-los alvo é um crime de guerra.
Repórteres Sem Fronteiras, 76 jornalistas e blogueiros morreram e 354 foram detidos em todo o mundo desde o início do ano; protesto é tema da nova charge de Carlos LatuffCentenas de jornalistas têm sido mortos em todo o mundo, e os governos pouco - ou nada - fazem a respeitoA nova charge do cartunista Carlos Latuff é um protesto contra essa violência. (247)
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