Incêndio destrói auditório do Memorial da América Latina em SP

O auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, zona oeste de São Paulo, ficou completamente destruído após um incêndio atingir o local na tarde desta sexta-feira. "O auditório ficou destruído", diz Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil.
Às 20h, mais de cinco horas após o início do incêndio, algumas chamas ainda persistiam no local.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 37 equipes foram ao Memorial. O incêndio começou por volta das 15h e feriu 15 bombeiros --dois deles estão em estado grave e foram levados para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas, na região central. Um brigadista também foi socorrido.
Segundo o presidente da Fundação Memorial, João Batista de Andrade, o fogo teve início por volta das 15h, no forro do teto da plateia B do auditório Simón Bolívar, após um curto-circuito. A instituição não sabe dizer ainda a extensão do estrago no Memorial, mas afirmou que ao menos uma obra, uma tapeçaria de cerca de 800 m² de autoria da artista plástica Tomie Othake foi danificada.
Um funcionário do Memorial afirmou à Folha que, por volta das 15h, a alimentação de energia elétrica do local foi interrompida. Momentos depois, quando a energia voltou, ainda segundo o funcionário, houve um estrondo em um cabo e as chamas começaram.
Outro funcionário teria tentado combater o incêndio, mas as chamas só aumentaram.
O local tem capacidade para cerca de 1.600 pessoas, mas estava vazio. Como a brigada de incêndio do memorial não conseguiu extinguir as chamas, foi necessário acionar o Corpo de Bombeiros.
Não havia nenhum evento programado para acontecer no auditório, segundo a assessoria de imprensa da instituição. O restaurante que fica no local já estava fechado ao público.
O memorial foi inaugurado em 18 de março de 1989 e ocupa uma área de 84.480 m² na Barra Funda, zona oeste. O projeto foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) com desenho do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).