“O Canal do Sertão pernambucano representa uma oportunidade ímpar de interiorização do desenvolvimento para o sertão do Araripe. E é sem dúvida um antigo anseio da população da região, sendo inclusive motivo de música, cantada em versos, pelo filho ilustre da terra, o nosso saudoso Luiz Gonzaga”, destacou.
O senador explicou que, no mês de outubro deste ano, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) publicou edital que modificou o projeto original do Canal do Sertão e retirou várias cidades da região desse projeto de irrigação.
Armando Monteiro defendeu a manutenção do projeto em seu formato original e destacou que a conclusão desse empreendimento representaria um verdadeiro vetor de desenvolvimento para a região, por meio da disponibilização de recursos hídricos em uma área com terras férteis e propícias para irrigação.
“Se antes tínhamos a possibilidade de uma área de irrigação de cerca de 110 mil hectares de terras, conforme previsto no PAC 2, a atual concepção chega a pouco mais de 33 mil hectares, incluindo apenas os municípios de Petrolina, Santa Cruz, Dormentes e Santa Filomena. Portanto, deixando ao largo áreas de terras irrigáveis de elevada fertilidade na região do Araripe e também do Sertão Central”, lamentou.
Armando Monteiro ressaltou que a região do Araripe possui um enorme potencial produtivo e, com o Canal do Sertão em sua inteireza, poderia se transformar em uma nova fronteira agrícola, com a produção de frutas, legumes e hortaliças e cana-de-açúcar. “Além disso, a disponibilidade de água garantiria a expansão da atividade pecuária e daria uma maior segurança aos produtores. Mesmo com a escassez de um ciclo regular de chuvas, essa região é a terceira de Pernambuco na produção leiteira. Entretanto, em função da recente e forte estiagem, milhares de animais morreram de fome na região por falta de alimentos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário