23 de agosto de 2013

Osvaldo Coelho festeja anúncio do início da obra do Canal do Sertão, mas lamenta que ação aconteça com 10 anos de atraso

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O ex-deputado federal e empresário Osvaldo Coelho, ao mesmo tempo em que festejou o anuncio da obra do Canal do Sertão que passará a ser chamado Canal do São Francisco, lamentou que as obras de ampliação da irrigação do Nordeste e em especial para a região banhada pelo rio São Francisco, se inicie com uma década de atraso.
O anúncio da obra que atingirá 17 municípios entre os estados de Pernambuco e Bahia, foi feito num ato realizado sábado último, dia 17 de agosto, na cidade de Casa Nova –BA pelo presidente nacional da Codevasf, Elmo Vaz quando da ordem de serviço para a construção de adutoras no município baiano.
“Eu louvo o início da obra, mas lamento os 10 anos de atraso. Essas obras se tivessem tido continuidade a partir de 2003 anunciavam para nós uma certeza de que estaríamos chegando a 1 milhão de oportunidades de trabalho, porque só o Canal do Sertão geraria em torno de 500 mil empregos e quando somasse os outros projetos, seria 1 milhão de empregos. Então isso significa que 10 anos perdidos são praticamente 1 milhão de empregos perdidos. E isso a sociedade é que deve julgar. É ela que vota e julga os governos”, assinalou Dr. Osvaldo.
O ex-parlamentar que quando deputado teve como bandeira principal transformar as terras áridas do semiárido pernambucano em áreas verdes por meio da irrigação, considera que se os projetos que foram engavetados tivessem iniciados, a seca atual seria enfrentada com bem menos dificuldades.
“Hoje poderíamos está não numa seca, mas numa grande fartura se o projeto do Canal do Sertão tivesse iniciado; o de Cruz das Almas em Casa Nova, os projetos do Canal Sobradinho em Rajada, a esperança de chegar á Santa Filomena, Santa Cruz, Ouricuri, Trindade, Bodocó, então isso tudo foi um tempo perdido . O mínimo que se poderia fazer era dá continuidade e não deram”, reforçou Osvaldo Coelho.
Segundo Dr. Osvaldo, exemplos de como a irrigação simboliza desenvolvimento e oportunidade de trabalho não faltam. Ele citou alguns como as áreas do deserto da Califórnia hoje um oásis; o noroeste do México com o deserto de Sonora e que lá irrigaram, molharam a terra e hoje é uma região forte economicamente. Na Espanha, uma região árida, construíram barragens, canais e hoje o País abastece a Europa com frutas. O canal do Arizona e países como China e Índia, onde se irriga milhões de hectares por ano.
“Aqui em vez de fazer, param, travam, deixam de fazer e numa região mais deprimida, mais pobre do Brasil. Aqui não pode ser essa fartura que se ver todo dias Mato Grosso, São Paulo e Paraná e outros irmãos aqui á míngua, vivendo de Bolsa Família, de pobreza. Isso não deve nos deixar conformados. Temos que ser inconformados com essa desigualdade social”, enfatizou o ex-deputado.
Texto: Cinara Marques
Blog do Banana

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