Chernóbyl (Ucrania)
No
ano de 1986, os operadores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia,
realizaram um experimento com o reator 4. A intenção inicial era
observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos
níveis de energia. Contudo, para que o teste fosse possível, os
responsáveis pela unidade teriam que quebrar o cumprimento de uma série
de regras de segurança indispensáveis. Foi nesse momento que uma enorme
tragédia nuclear se desenhou no Leste Europeu.
Dzerzhinsk (Russia)
Todo entardecer
é como se um cobertor de chumbo descesse sobre a cidade. O céu fica
impregnado de fumaça escura e espessa. O ar é irrespirável. As poucas
árvores ainda vivas são franzinas e sem folhas. Os animais
desapareceram. Só alguns pássaros resistem, mas parecem desanimados e
sem rumo. O solo tem trechos vermelhos, verdes e amarelos, recortados
por riachos de um líquido branco e espesso. Assim é Dzerzhinsk, uma
cidade industrial a 400 quilômetros de Moscou, apontada pela organização
ambientalista Greenpeace como a mais poluída do mundo. Até 1991, a
existência desse imenso parque fabril, erguido nos anos 30, era segredo
de Estado. Ali se produziam as armas químicas da antiga União Soviética,
com resultados devastadores para o meio ambiente. Durante décadas, as
chaminés de Dzerzhinsk despejaram no ar toneladas de gases letais como o
do pesticida DDT, o gás de mostarda e outros que provocam bolhas na
pele e levam à morte.
Com a derrocada
do comunismo no Leste Europeu e o fim da Guerra Fria, os produtos
usados para fabricar armas foram armazenados em grandes barris, hoje
enferrujados e jogados ao léu por toda a cidade. Com o tempo, muitos
dilataram e vazaram. O que escapou ajudou a transformar um grande lago
local no Mar Branco, um reservatório inflamável de resíduos químicos. O
apelido se deve à espuma branca que cobre toda sua superfície. Biólogos
dizem que o lago contém a mais alta concentração mundial de dioxina,
produto cancerígeno. Mesmo quando a temperatura cai a menos 40 graus
Celsius no inverno, o lago fica aquecido por causa dos efluentes
químicos. Apesar do enorme perigo que isso representa, muitos moradores
de Dzerzhinsk nadam nessas águas porque "são muito agradáveis e nunca
congelam", segundo o depoimento de um deles.
Kabwe, Zâmbia
A segunda maior
cidade do sul da África era o lar de uma das maiores fundições de
chumbo do mundo até 1987. Como resultado, a cidade inteira está
contaminada com esse metal pesado, que pode causar danos ao cérebro e ao
sistema nervoso em crianças e fetos. “O nível de chumbo no sangue das
crianças geralmente é superior a 50 microgramas por decilitro, e em
alguns casos, maior que 100 mcg/dl,” afirma Fuller. “A cada 10 pontos
acima dos 10 mcg/dl no sangue – padrão do centro de controle de doenças
dos Estados Unidos para o tratamento –, há uma queda no Q.I.”.
La Oroya (Perú)
Apesar de ser
uma das menores comunidades na lista (a população é de 35 mil
habitantes), também apresenta um dos maiores índices de poluição devido à
mineração de chumbo, zinco e cobre da Doe Run, uma empresa de mineração
americana.
Linfen (China)
Uma cidade no
coração da região de carvão da China, na província de Shanxi, seus três
milhões de habitantes sufocam com a poeira e bebem o arsênico
provenientes do combustível fóssil. Além disso, “a poluição do ar é
tanta que mal dá para enxergar alguma coisa”, diz Robinson.
Norilsk (Russia)
Essa cidade
acima do Círculo Ártico contém o maior complexo de fundição de metais e,
portanto, parte da pior neblina poluída do mundo. “É tanta poluição no
ar que não há uma planta viva numa área de 30 km da cidade. A
contaminação (por metais pesados) já chegou a 60 km de distância,”
explica Fuller.
Ranipet (India)
Ranipet
é uma cidade da Índia. É uma das cidades mais poluidas do mundo. Sua
poluição se deve ao fato de uma indústria de couro produzir resíduos
tóxicos, como o cromo hexavalente; essa empresa já produziu,
aproximadamente 1.500.000 toneladas de resíduos tóxicos.
A água contaminada dizimou a agricultura e provoca feridas em quem entra em contato com ela.
Sumgait (Azerbaijão)
A cidade era um
centro industrial soviética com mais de 40 fábricas que manufaturavam
produtos químicos industriais e agriculturais, como a borracha
sintética, o cloro, o alumínio, os detergentes, e os insecticidas.
Quando as fábricas permaneceram totalmente operacionais cerca de
70-120.000 mil toneladas de emissões prejudiciais foram liberadas no ar
anualmente.
A população tem
um número de 22% a 51% maior de casos de câncer que os habitantes do
resto do país, e seus filhos sofrem de uma gama de complicações
genéticas, de retardo mental a doenças nos ossos.
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