8 de julho de 2013

“Não sou o primeiro”, diz Cabral sobre passeio de helicóptero oficial com família; MP investiga


O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, se defendeu nesta segunda-feira (8) das denúncias da revista Veja sobre o fato de ele usar um helicóptero oficial do Estado para levar a família para passeios na praia de Mangaratiba, na região costa verde do Rio. Em entrevista coletiva concedida em Brasília, Cabral afirmou que, pelo cargo que ocupa, tem o direito de se locomover com a aeronave e que não há irregularidades.
— Não sou o primeiro a fazer isso no Brasil, outros fazem também. Faço de acordo com o cargo que ocupo. Não estou fazendo nenhuma estripulia, não é nenhuma novidade. Eu me transporto com a minha família quando saio do trabalho e vou para essa casa em Mangaratiba. E rodo o Estado inteiro nas aeronaves. Não só eu como o secretário de Estado, subsecretários, presidentes de empresas, a chefe da Polícia Civil.
O procurador-geral de justiça Marfan Martins Vieira afirmou que o Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou um procedimento para apurar denúncias de uso indevido do helicóptero oficial pelo governador.
Detalhes da denúncia
De acordo com a publicação de sábado (6) da revista Veja, Cabral usa um helicóptero modelo Agusta AW109 Grand New, comprado por R$ 15 milhões em 2011, para levar a mulher, as duas filhas, duas babás e até Juquinha — o cão de estimação da família — do Rio de Janeiro para a casa de praia em Mangaratiba. O custo mensal do helicóptero para o Estado é de R$ 312 mil ou R$ 3,8 milhões por ano, segundo cálculos da revista. 
Um piloto, que não quis se identificar, afirmou à publicação que a aeronave parte toda sexta-feira com a mulher, as filhas, as babas e o cachorro para Mangaratiba e retorna ao Rio de Janeiro no mesmo dia. Depois, no sábado, leva apenas o governador. No domingo, o helicóptero faz duas viagens: a primeira traz a família de Cabral e a segunda, as babás. 

Um comentário:

  1. Isso é algo tao normal no Brasil, q nao vejo como irregularidade, mas sim como direito dos governantes.

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