14 de julho de 2013

PT leva a bandeira do plebiscito ao ato

Manifestantes alinhados com o PT levaram cartazes favoráveis à realização do plebiscito / Clemilson Campos/JC Imagem


Manifestantes alinhados com o PT levaram cartazes favoráveis à realização do plebiscito

Clemilson Campos/JC Imagem

Ao contrário do acordo nacional entre as centrais em manter de lado o discurso “Fora Dilma” e o da reforma política, o pleito do plebiscito anunciado pela presidente Dilma Roussef (PT), e descartado pelo Congresso Nacional, esteve presente no palanque do protesto desta quinta-feira (11) no Recife. Diversas bandeiras, panfletos distribuídos e discursos exigiam a consulta popular para reforma política com aplicação já para eleições de 2014.
Sem consenso, o pleito é defendido pela Central Única de Trabalhadores (CUT), entidade historicamente ligada ao PT. Em discurso, o secretário de Políticas Sociais da CUT Nacional, Expedito Solaney, fez a defesa do plebiscito para valer em 2014. A ele, somaram-se várias outras lideranças sindicais que utilizaram o trio elétrico principal para fortalecer o pleito.
Os discursos em defesa do plebiscito foram classificados como “oportunismo” pelo presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT), Gustavo Walfrido. “O plebiscito não é unanimidade. Essa é uma bandeira do PT, da CUT. A gente está construindo uma unanimidade. Agora eu não posso dizer a um filiado ou simpatizante do PT que não fale lá no microfone, até porque fica ruim. Mas é oportunismo ter se aproveitado do movimento”, atacou. Segundo ele, a UGT não é especificamente contra a consulta popular, mas entende que esta não é uma questão prioritária. “Não é só isso que vai resolver. Acho que a sociedade tem que interagir, mas o problema não é esse agora”, frisou.
Ainda na Praça do Derby, um grupo de petistas distribuíam panfletos com uma campanha para criação de um projeto popular para reforma política. Estimulando a coleta de assinaturas, o folder, de autoria do PT estadual, fazia referência exclusivamente ao ex-presidente Lula, inclusive com fotografias atuais do líder petista. Segundo o presidente estadual do PT, Pedro Eugênio – antes de a presidente Dilma Rousseff (PT) propor plebiscito e Constituinte – teve início uma campanha do PT para coletar 1,5 milhão de assinaturas. Eugênio não soube explicar a ausência de referência à presidente Dilma.
“Eu tenho lembrança clara de cartaz com Lula e Dilma. Não há nenhuma escolha, discriminação em relação a Dilma, isso foi lançado até em evento em que ela estava”, alegou o presidente estadual do PT.

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