14 de julho de 2013

Porta aberta à espionagem

O Globo - José Casado


Comunicações de Brasil e região dependem dos EUA, o que põe até dados militares em risco. De um orçamento previsto de R$ 90 milhões, o Brasil investiu R$ 11,3 milhões até agora em defesa cibernética neste ano. Decisões sobre segurança em comunicações envolvem 35 departamentos de 15 ministérios e 300 órgãos municipais, estaduais e federais
O Brasil e outros 31 países da América Latina mantêm abertas suas redes públicas e privadas de comunicação. Essas nações têm em comum, além da retórica governamental, a ausência de políticas efetivas de proteção da infraestrutura de telecomunicações e do tráfego de dados nas redes de internet.
As revelações do GLOBO na semana passada sobre atividades de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) no Brasil e na América Latina aumentaram a percepção da vulnerabilidade.
No caso brasileiro, até motivaram as Forças Armadas a uma análise de “dados militares ou dados de interesse militar que podem ter sido atingidos e obtidos” — segundo o Ministério da Defesa. Os resultados não são conhecidos. Sabe-se também que o sistema de comunicações diplomáticas está sob revisão.

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