A razão da atual crítica? O fato de o Senado ter rejeitado na última terça-feira (9) o projeto que disciplinava a questão dos suplentes, parte da “agenda positiva” proposta por Renan Calheiros (PMDB-AL). Diante da má repercussão, porém, uma manobra permitiu reviver e aprovar o projeto no dia seguinte.
O texto em questão, agora na Câmara dos Deputados, diminui de dois para um o número de suplentes de senadores – que são escolhidos livremente pelos parlamentares e não são apresentados aos eleitores – e proíbe a indicação de familiares de até segundo grau.
Sob a ótica do leitor internacional, o Financial Times se mostra surpreso. “É difícil entender por que o sistema chegou a ser permitido. A presidente não tem dois vices, então por que deveria um senador?”, questiona a reportagem.
Não é a primeira vez - e provavelmente não será a última - que veículos internacionais decidem incitar políticos brasileiros e o Poder Legislativo. Em fevereiro deste ano, a The Economist chamou alguns parlamentares de zumbis. O próprio Financial Times já disse que o Congresso Nacional coloca “raposas” para cuidar de galinheiros, referindo-se a parlamentares que não deveriam presidir comissões por conflito de interesses.
Como o projeto dos suplentes ainda tem que passar pela Câmara Federal, o Financial Times teme que, como ocorre em call centers, os deputados deixem os brasileiros esperando “na linha”.
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