
O país já estava tão acostumado a ouvir congressistas se queixando da judicilização da política que a imagem de magistrados se descabelando com a perspectiva de politização das decisões judiciais acaba por dar viço à anedota. Nos próximos dias, os parlamentares recuperam o senso do ridículo. Se é que algum dia o tiveram.
Os contornos da crise comprometem as razões da Comissão de Justiça da Câmara para atribuir ao Legislativo a última palavra sobre certas causas judiciais. Vá lá que os mensaleiros da comissão e seus comparsas queiram se vingar do STF. Mas basta olhar ao redor para ver que gente condenada não tem nada que estar no Congresso. Não resta à plateia senão rir.
A crise pode ser vista como uma espécie de penúltima de português. Na Câmara, após um incêndio na Comissão de Constituição e Justiça, os bombeiros, verificando os destroços, encontraram dois mortos: Manoel Genoino e João Paulo Joaquim. Estavam de ponta-cabeça com o dedo indicador apontando para um canto da sala. Ao lado de ambos, extintores com a seguinte inscrição: “em caso de incêndio, vire para baixo e aponte para a chama”. O STF é a chama do PT.
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