25 de abril de 2013

Apelo para Dilma acordar


 É pena que nem na imprensa se dá atenção aos trabalhos do Senado. De quando em quanto, porém, assiste-se a pronunciamentos de extrema densidade, como o feito pelo senador Roberto Requião, no começo da noite de terça-feira.
O ex-governador do Paraná começou acentuando que jamais entraria na Rede, de Marina Silva, à qual faltam definições claras sobre as políticas social de trabalhista. Mesmo assim, hipotecava total solidariedade à ex-senadora na tentativa de formar um partido. As dificuldades são criadas pelo governo e tem o apoio explícito da presidente Dilma.
O ponto central do discurso, ouvido apenas por três colegas, envolveu as privatizações realizadas no país com o governo Fernando Henrique. Tratou-se de uma enganação completa, não resultando delas qualquer ganho. Tarifas de água, luz e transportes foram abusivamente aumentadas. Os pedágios, também. Naquele período o Brasil quebrou três vezes. As empresas privatizadas contribuíram para o empobrecimento nacional, iniciando-se um período de remessas exorbitantes de lucros para o exterior, sem investimentos em infra-estrutura. É deletério o estado de nossas rodovias e ferrovias privatizadas.
Requião falou da Santíssima Trindade do entreguismo nacional, composta pelo PSDB, o DEM e o PPS. Sustentou ser uma falácia a acusação de que o Estado é incompetente e recordou a ação do BNDES, emprestando dinheiro para monopólios a juros baixos mas negando-se a atender empresas públicas, inclusive portos.
Deteve-se na análise da telefonia, com tarifas as mais elevadas do planeta e serviços que muito deixam a desejar, mas com remessas imensas para o estrangeiro. Terminou com um apelo à presidente Dilma para que acordasse.

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