Depois
do bombardeio do programa do PSB, em rede nacional de TV e rádio,
quinta-feira, em cima da gestão Dilma, cria-se outra grande expectativa:
saindo de um aliado, líder de um partido da base, como o Planalto
reagirá?
Há
duas correntes no Governo que se contrapõem. Instigados pelo governador
do Ceará, Cid Gomes, do partido de Eduardo, o primeiro segmento propõe
um chega pra lá em direção ao pré-candidato do PSB, porque o programa
provocou um profundo desconforto no círculo mais íntimo da presidente.
Tem
gente que defende imediatamente a retirada do PSB do Governo, que ocupa
cargos, entre os quais o Ministério da Integração Nacional. Mas a
segunda corrente, a mais light, com mais vocação para engolir sapos, uma
arte praticada por poucos políticos, acha que defenestrar o PSB do
poder neste momento é dar de mão beijada a Eduardo o discurso fácil de
vitimização.
Tudo
que, segundo esse grupo, ele (Eduardo) queria neste momento para se
apresentar como a primeira grande vítima deste governo, insensível a
críticas, venha da oposição ou de aliados.
O
programa teve algumas nuances que só os mais experts em política sacam.
Logo no início, quando são apresentados os políticos que lutaram pela
redemocratização do País e o fim do arbítrio, Lula, Arraes e até
Fernando Henrique foram citados, mas ficou embutido o recado de que ela
(Dilma) não estava lá.
Com
o programa foram dissipadas todas as dúvidas daqueles que, ainda
céticos, insistiam no discurso de que as movimentações do governador
rumo a viabilizar sua candidatura se tratavam apenas de um samba puxado
pelo enredo do blefe.
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