27 de abril de 2013

Blefe coisa nenhuma!



      
Depois do bombardeio do programa do PSB, em rede nacional de TV e rádio, quinta-feira, em cima da gestão Dilma, cria-se outra grande expectativa: saindo de um aliado, líder de um partido da base, como o Planalto reagirá?
Há duas correntes no Governo que se contrapõem. Instigados pelo governador do Ceará, Cid Gomes, do partido de Eduardo, o primeiro segmento propõe um chega pra lá em direção ao pré-candidato do PSB, porque o programa provocou um profundo desconforto no círculo mais íntimo da presidente.
Tem gente que defende imediatamente a retirada do PSB do Governo, que ocupa cargos, entre os quais o Ministério da Integração Nacional. Mas a segunda corrente, a mais light, com mais vocação para engolir sapos, uma arte praticada por poucos políticos, acha que defenestrar o PSB do poder neste momento é dar de mão beijada a Eduardo o discurso fácil de vitimização.
Tudo que, segundo esse grupo, ele (Eduardo) queria neste momento para se apresentar como a primeira grande vítima deste governo, insensível a críticas, venha da oposição ou de aliados.
O programa teve algumas nuances que só os mais experts em política sacam. Logo no início, quando são apresentados os políticos que lutaram pela redemocratização do País e o fim do arbítrio, Lula, Arraes e até Fernando Henrique foram citados, mas ficou embutido o recado de que ela (Dilma) não estava lá.
Com o programa foram dissipadas todas as dúvidas daqueles que, ainda céticos, insistiam no discurso de que as movimentações do governador rumo a viabilizar sua candidatura se tratavam apenas de um samba puxado pelo enredo do blefe.

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