Cientistas
políticos, analistas e marqueteiros têm dado os mais variados pitacos
sobre a desarrumação sofrida no Governo Dilma após as manifestações que
implodiram das redes sociais para as ruas. O baque de 27% na
popularidade da presidente também a deixou tonta e, consequentemente,
desnorteada.
Ninguém
faz um diagnóstico real e verdadeiro, mas arrisco um palpite: falta ao
seu governo o incremento da arte do exercício periódico e permanente da
política. Gestão pública não se faz sem diálogo, sem negociação, sem
entendimento.
Dilma
comete um tropeço atrás do outro. Na tese do plebiscito, por exemplo,
bem que poderia ter consultado antes os presidentes do Senado e da
Câmara e estes tratados como atores principais e não coadjuvantes.
Resultado: Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves, que souberam da
proposta pela mídia, conspiraram até enterrar o plebiscito.
Outro
exemplo: ampliar em dois anos o curso de Medicina sem antes consultar
as entidades médicas, especialmente as universidades mais importantes do
País. Reitores reagiram duramente, informando que, em nenhum momento,
foram consultados.
Nos
dois casos, portanto, se tivesse ocorrido mais diálogo, mais conversa,
mais humildade por parte do Governo, a reação certamente teria sido bem
diferente. Nos dias atuais, especialmente em razão da revolução digital,
ouvir é requisito básico e indispensável para tomada de qualquer
decisão.
Sem
política, sem diálogo, o que se pode deduzir é que estamos diante de um
governo com viés extremamente autoritário. E a ditadura já foi
sepultada há muitos e muitos anos, sem nenhum risco de retrocesso,
felizmente.
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