10 de maio de 2013

Viajando na maionese



        
Se em Pernambuco a prioridade do PMDB nacional é a reeleição de Jarbas, como disse ontem o deputado Raul Henry, o partido então se atrelará ao candidato a governador da coligação de Eduardo. Que, consequentemente, na disputa ao Planalto, terá o respaldo do PMDB.
Perceberam como é fácil a equação, para não dizer ao contrário? Dá para imaginar o PMDB, atrelado à reeleição de Dilma, excluir Pernambuco do palanque da presidente? Como é que Jarbas estará no guia do candidato de Eduardo, portanto, do PSB, se em cima, no plano nacional, o PMDB ficará coligado ao PT?
O que pode ocorrer é uma aliança branca, sem que Jarbas entre formalmente na chapa majoritária do PSB. Henry aderiu a Geraldo Júlio na campanha para prefeito do Recife e arrastou Jarbas.
E sonha acordado na retribuição do apoio do PSB – leia-se Eduardo – não apenas à reeleição de Jarbas para o Senado, mas também para garantir o seu mandato na Câmara dos Deputados.
Jarbas e Henry espalham que Eduardo assumiu compromisso velado com eles, ou seja, dar ao senador mais oito anos de mandato e reconduzir Henry à Câmara Federal. No núcleo eduardista, porém, não se ouve ninguém tratando da questão nem sequer ventilando, diga-se de passagem.
Ao estufar o peito e afirmar, com viés de arrogância, que a prioridade é Jarbas, Henry contraria uma velha máxima da política: prioridade em eleição majoritária passa distante de disputado ao Senado. É algo exclusivo ao Governo do Estado.
É isso que interessa ao PMDB nacional: ter um candidato próprio a governador para abrir palanque a Dilma e, consequentemente, criar dificuldades para o projeto presidencial de Eduardo e do seu candidato à sua sucessão.

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