Se
em Pernambuco a prioridade do PMDB nacional é a reeleição de Jarbas,
como disse ontem o deputado Raul Henry, o partido então se atrelará ao
candidato a governador da coligação de Eduardo. Que, consequentemente,
na disputa ao Planalto, terá o respaldo do PMDB.
Perceberam
como é fácil a equação, para não dizer ao contrário? Dá para imaginar o
PMDB, atrelado à reeleição de Dilma, excluir Pernambuco do palanque da
presidente? Como é que Jarbas estará no guia do candidato de Eduardo,
portanto, do PSB, se em cima, no plano nacional, o PMDB ficará coligado
ao PT?
O
que pode ocorrer é uma aliança branca, sem que Jarbas entre formalmente
na chapa majoritária do PSB. Henry aderiu a Geraldo Júlio na campanha
para prefeito do Recife e arrastou Jarbas.
E
sonha acordado na retribuição do apoio do PSB – leia-se Eduardo – não
apenas à reeleição de Jarbas para o Senado, mas também para garantir o
seu mandato na Câmara dos Deputados.
Jarbas
e Henry espalham que Eduardo assumiu compromisso velado com eles, ou
seja, dar ao senador mais oito anos de mandato e reconduzir Henry à
Câmara Federal. No núcleo eduardista, porém, não se ouve ninguém
tratando da questão nem sequer ventilando, diga-se de passagem.
Ao
estufar o peito e afirmar, com viés de arrogância, que a prioridade é
Jarbas, Henry contraria uma velha máxima da política: prioridade em
eleição majoritária passa distante de disputado ao Senado. É algo
exclusivo ao Governo do Estado.
É
isso que interessa ao PMDB nacional: ter um candidato próprio a
governador para abrir palanque a Dilma e, consequentemente, criar
dificuldades para o projeto presidencial de Eduardo e do seu candidato à
sua sucessão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário