O Sindicato dos Trabalhadores Petroleiros, entidade filiada à Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), realiza nesta terça-feira (14) ato de protesto em frente à sede da Petrobras, em Boa Viagem. O objetivo da manifestação é protestar e demarcar posição contra a 11ª rodada de licitações de blocos para a exploração de petróleo e gás natural - prevista para hoje e amanhã – e a privatização de diversas barragens cujas concessões vencem até 2015.
Além das mobilizações, mais de 50 organizações assinaram uma carta que será entregue à presidente Dilma Rousseff (PT) exigindo o cancelamento do leilão do petróleo e da privatização das barragens. O volume a ser leiloado poderá ultrapassar 40 bilhões de barris, o que equivale a um lucro aproximado de R$ 1,16 trilhão e que será apropriado por empresas transnacionais do petróleo.
De acordo com coordenador regional do Sindipetro, Marco Aurélio Monteiro, 64 empresas estão na disputa pelos blocos. Por lei, com o fim das concessões, o Governo Federal deveria abrir uma nova licitação para leiloar a usina. No entanto, movimentos sociais e sindicais questionam a lei de licitações, criada no âmbito das medidas neoliberais dos anos 90 e propõe que elas fiquem sob controle estatal.
Ainda segundo Marco Aurélio, a retomada dos leilões de concessão é um retrocesso para o país e um ataque à soberania nacional. “Além de denunciar esse crime de lesa-pátria, os movimentos sociais também se manifestarão contra a privatização das barragens hidrelétricas, outro ataque ao patrimônio público, que coloca em risco a soberania energética do país”, assinalou.
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