8 de maio de 2013

Dois pesos, duas medidas



    
A presidente Dilma prometeu subsídio aos trabalhadores da cana atolados em dívidas no Nordeste. Vetou, apesar de ter acenado com a promessa, o benefício para 23 mil produtores de cana. Na prática, isso iria representar R$ 120 milhões para canavieiros com produção com até 10 toneladas de cana.
Muito dinheiro pelo ralo? Nada! Grana mesmo Dilma tem liberado para o megaempresário Eike Batista, que tenta salvar as suas empresas com dinheiro público. Entre 2006 e 2010, Eike embolsou R$ 10 bilhões do BNDS.
A última fatura, de R$ 935 milhões, saiu em 18 de abril. Só este valor é quase dez vezes mais do que o prometido para os trabalhadores nordestinos da cana e negado.
Não dá, portanto, para acreditar nas promessas de Dilma ou na sua conversa mole, de que o Nordeste é prioridade. Prioridade para que? Esmolar? Prefeitos saírem de pires nas mãos pela Esplanada?
Se o Nordeste fosse de fato algo relevante para Dilma a Transposição não estaria se transformando num elefante branco, a ferrovia Transnordestina, que tem como parceiro o próprio Eike, também não estaria parada, sem prazo para conclusão.
Dilma marcou a inauguração da Arena de São Lourenço para o próximo dia 20. Que se prepare para uma grande manifestação, organizada pelos trabalhadores da cana, a quem negou subsídio para produzir, mas não se cansa em adoçar a boca de Eike.

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