
Não dá para permanecer por mais tempo com um pé em cada margem da corrente. Afif é representante das elites. Para cuidar das micro e pequenas empresas, a presidente Dilma escolheu quem tradicionalmente representou e defendeu os interesses das grandes empresas. Sete milhões e quatrocentos mil pequenos negócios continuam subordinados e girando em torno daqueles que dirigem os grandes negócios. Com a diferença de que estão, os pequenos, algemados à burocracia estatal e obrigados a carrear seus recursos para enfrentar inutilmente o mutirão de impostos e taxas que os grandes protelam e até ignoram.
“A força está nos pequenos”, disse o novo ministro, mas só um milagre inverterá a equação de subserviência deles diante de instituições dos poderosos, a começar pelos bancos.
Dilma referiu-se ao “custo Brasil”, eterno pretexto dos grandes para exigir que o estado trabalhe por eles, com eles ignorando o estado. Defendeu que a estrutura dos portos venha a ser aberta ao setor privado. Nada a opor, caso o setor privado contribua de forma efetiva para desafogar e estimular a produção. Tudo são dúvidas, num país sem ideologia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário