Pivô dos mais calorosos debates durante as sessões de votação da Medida Provisória dos Portos na Câmara, a emenda aglutinativa número 30, que ficou conhecida como “Tio Patinhas”, será vetada pela presidente Dilma Rousseff. A decisão, que só vai ser anunciada nos próximos 15 dias, foi confirmada ontem por interlocutores do Palácio do Planalto. O veto presidencial deve acentuar ainda mais a crise entre o PT e o PMDB, evidenciada nos últimos dias.
Outros
pontos do novo marco regulatório para modernização dos portos
brasileiros, por meio da diminuição dos custos e melhorias na logística,
também estão em análise pelo Planalto. Ontem, a ministra de Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou, durante encontro com prefeitos
do Paraná, que é necessária uma adequação. “Nós temos alguns pontos que
não tiveram acordo. Aliás, são poucos, e, é claro que agora a presidente
terá a prerrogativa de avaliar, analisar e sancionar ou vetar”,
salientou.
A
emenda da discórdia, defendida veementemente pelo líder do PMDB na
Câmara, Eduardo Cunha (RJ), chegou a ser classificada de imoral por
setores do governo. No entanto, em uma manobra meramente regimental, o
deputado Sibá Machado (PT-AC) teve que apresentá-la apenas para agilizar
a votação e garantir a aprovação da MP dentro do prazo. Ele chegou a
reconhecer que o mérito não estava em jogo. (Correio Brasiliense: João Valadares e Paulo de Taso Lyra)
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