10 de maio de 2013
Ministro é tarefa para qualquer um
DO BLOG DE RENATO RIELLA
O mais grave no fato de haver 39 ministros no governo Dilma Rousseff não é bem o aumento de gastos no serviço público. Essas despesas ocorreriam mais ou menos no mesmo nível, se fossem 12 os ministérios.
O mais grave é a banalização do cargo. Lembro que, em décadas passadas a gente cruzava com um carro de ministro nas ruas de Brasília e havia uma reverência, um respeito a nomes de expressão da política, das artes, do esporte, da tecnocracia, das leis, etc.
Nomes de grande expressão aceitaram cargos na Esplanada em épocas anteriores , entre os quais Pelé e Adib Jatene. Hoje há Ministérios da Mulher, da Integração, das Cidades e muitos outros sem peso.
Antes, quando um ministro chegava numa cidade qualquer – Salvador, Duque de Caxias ou Santarém – era recebido no aeroporto, dava entrevista à imprensa e abria telejornais. Hoje, se aparecer nu numa praia, nem será fotografado. Vão pensar que é um maluco qualquer.
Por isso, os famosos no Brasil são artistas e jogadores de bola. No Congresso Nacional, por outro lado, houve desmoralização dos principais nomes, envolvidos em coisas suspeitas.
E assim Tiririca acaba virando político. Enquanto isso, a presidente Dilma Rousseff reina sozinha em todas as áreas, até mesmo naquelas onde não tem a mínima iniciação, hoje ocupadas por auxiliares inexpressivos.
Ministro é uma palavra esvaziada no Brasil.
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