Foto: Agência Brasil
Com a ajuda da direção nacional, o PT de Pernambuco fará mais uma
tentativa de se reconstruir, após a briga interna da eleição do ano
passado para prefeito do Recife. Desembarca nesta segunda-feira na
capital pernambucana o deputado federal e secretário-geral da legenda,
Paulo Teixeira, com a missão de começar a viabilizar um entendimento
mínimo entre os grupos do senador Humberto Costa e do deputado federal
João Paulo com o do ex-prefeito João da Costa.
A pressão pela reunificação fica mais forte na medida em que se
aproxima a eleição de 2014, quando a presidente Dilma Rousseff precisará
de um palanque forte no Estado para concorrer com o do governador
Eduardo Campos, caso ele saia mesmo candidato ao Palácio do Planalto,
como vem sinalizando.
Mesmo evitando comentar o possível voo solo do socialista, Teixeira
deixa evidente a mensagem para os correligionários pernambucanos: “O PT
de Pernambuco, independente da situação atual, sabe da importância da
candidatura de Dilma. Esta divisão tem razões nas eleições passadas, mas
não tem que haver para as eleições futuras”.
Pela manhã, ele reúne-se com o grupo de Humberto Costa, João Paulo
(deputado federal) e Pedro Eugênio (presidente estadual e deputado
federal). À tarde, é a vez de João da Costa e pessoas próximas ao
ex-prefeito, como Teresa Leitão (deputada estadual) e Eduardo Granja
(secretário de Habitação do Recife).
Além da reunificação e da eleição de 2014, será discutido o calendário
de organização do evento de comemoração dos 10 anos do PT no comando do
governo federal, que vem sendo feito em todo o País e está marcado para
ocorrer em Pernambuco no fim de julho.
Ex-líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira pretende disputar a
presidência nacional do partido no Processo de Eleições Diretas (PED)
deste ano. A vinda dele a Pernambuco foi um consenso entre lideranças
locais e a direção nacional.
Na eleição do ano passado para escolher o nome petista que disputaria a
Prefeitura do Recife, Rui Falcão (presidente nacional), Paulo Frateschi
(secretário nacional de Comunicação) e Eloi Pietá (então
secretário-geral) estiveram no Recife para mediar o conflito local, mas
não obtiveram sucesso. Pelo contrário, foram acusados beneficiar o grupo
de Humberto Costa, que acabou sendo o candidato.
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