CARLOS CHAGAS

Aguarda-se a palavra do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, que pelo jeito pensa como o Procurador Geral, ou seja, recursos não são para absolver.
De qualquer forma, o suspense é grande na mais alta corte nacional de justiça, só superado pela ansiedade de que estão tomados os 25 réus. Eles mantém a esperança, não propriamente de absolvição, mas de redução de parte de suas penas, coisa que evitaria, para alguns, a prisão fechada, capaz de transformar-se em semi-aberta.
A imagem do Poder Judiciário está em jogo, no processo do mensalão.
Se houve um ato que sensibilizou a opinião pública e a opinião publicada, com raríssimas exceções, foi a condenação de políticos, banqueiros e publicitários a longas penas de prisão. Mesmo com um certo toque de morbidez, o que mais o cidadão comum aguarda é a fotografia dos mensaleiros atrás das grades. O simples fato de o processo ser reaberto já provoca indignação. Afinal, de que valeram tantos anos de julgamento? Pior ficará a situação se forem substancialmente mudadas as sentenças. Por uma dessas estranhas circunstâncias, a Justiça está em julgamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário