24 de outubro de 2013

Comoção: Pernambuco e os fãs se despedem de Arlindo dos 8 baixos

 
Viatura do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Pernambuco chegou agora a pouco no cemitério de Santo Amaro com o corpo de Arlindo dos 8 baixos.
 
O cortejo com o corpo do sanfoneiro Arlindo dos 8 Baixos chegou há pouco no Cemitério de Santo Amaro, região central do Recife. Mais cedo, o velório ocorreu na Câmara de Vereadores do Recife, lotada de amigos e fãs.
 
No local, o artista foi reverenciado através da música. Os instrumentistas Paulinho do Acordeon, Severino dos 8 Baixos e Adriana do Acordeon, se revezam na interpretação de canções.
 
O sanfoneiro Beto Hortiz tocou versão instrumental da música Buliçoso, composta em parceria com Arlindo. Depois, tocou o Hino de Pernambuco nos 8 Baixos, causando comoção.
Arlindo morreu aos 72 anos nesta quarta-feira, no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos. O músico, considerado Patrimônio Vivo de Pernambuco desde o ano passado, deixa esposa e quatro filhos.
 
Ao som do instrumento ao qual se dedicou a vida toda, Arlindo dos 8 baixos foi enterrado por volta das 17h desta quinta-feira no cemitério de Santo Amaro. O cortejo chegou ao local seguido por familiares amigos e fãs do compositor, que tocava como um mestre, mesmo com todas as deficiências físicas. Arlindo tinha as duas pernas.
O público presente na cerimônia não cansava de aplaudir a acompanhar, com um choro discreto, toda a caminhada em direção ao sepultamento do sanfoneiro. O corpo, que foi velado na Câmara dos Vereados, recebeu homenagens de diversos compositores que fizeram parte da carreira de Arlindo. Paulinho do Acordeon, Beto Hortis e Severino dos 8 baixos, fizeram questão de aparecer para prestigiar o mestre com um show rechado com músicas do artista.
"Arlindo foi um cara que perdeu a visão, mas passou a enxergar mais", comentou o, Tarcisio Bocão, radialista e amigo há mais de 20 anos.
 
Além da grande perda para o estado e para o Brasil, Arlindo deixou a responsabilidade de continuação do seu trabalho para outros mestres do forró. "Agora nós temos que nos unir para não deixar essa cultura tão rica morrer", relatou o sanfoneiro Cezzinha, que teve a oportunidade de trabalhar com Arlindo em várias ocasiões.
Arlindo morreu aos 72 anos nesta quarta-feira, no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos. O músico, considerado Patrimônio Vivo de Pernambuco desde o ano passado, deixa esposa e quatro filhos. 
(Com informações de Caroline Rodrigues-DP)

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