Dezoito categorias de servidores ligados à Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Publico Federal) decidiram nesta terça-feira (28) aceitar a proposta de reposição de 15,8% escalonada em três anos, feita pelo governo, e encerrar a greve que já durava cerca de dois meses em todo o país.
De acordo com o coordenador-geral da entidade, Josemilton da Costa, a decisão foi tomada em uma plenária nacional realizada em Brasília e vale para as 18 categorias ligadas à entidade e que negociaram de forma unificada. O retorno ao trabalho deve acontecer na próxima segunda-feira (3)Consideramos o acordo uma vitória.
No começo das negociações o que a gente tinha era zero, e agora, conseguimos os 15,8%. Precisamos aceitar este acordo para garantir também outras questões como a gratificação por desempenho", afirmou Costa.
Entre as categorias que aceitaram a proposta estão os servidores dos ministérios de Saúde, Previdência, Trabalho, Cultura, Agricultura, Justiça, Transportes, além dos órgão de Arquivo Nacional, Imprensa Nacional e Embratur.
As demais categorias de servidores, como fiscais agropecuários, servidores das agências reguladoras, agentes da Polícia Federal e funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), devem decidir ainda nesta semana se aceitam ou não a proposta do governo.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que o governo não irá alterar a sua proposta. "Isso está definido (percentual de reajuste), e depende agora só da resposta dos servidores", disse a ministra a jornalistas nesta terça-feira.
O reajuste dos servidores deve fazer parte da proposta de Orçamento para 2013, que tem que ser enviado ao Congresso Nacional até o final da semana.
Os associados da confederação somam cerca de 800 mil, entre trabalhadores ativos, pensionistas e aposentados. Ao todo, a Condsef representa 80% dos servidores ativos do Executivo, mas algumas categorias estão negociando separadamente, a exemplo da formada por servidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Durante a plenária, diversos delegados avaliaram o movimento como vitorioso, não pelas conquistas financeiras, com os 15,8% propostos pelo governo, mas pela dimensão da mobilização e pelo fortalecimento da integração das categorias, que reivindicaram de forma unificada as melhorias salariais. (Com informações da Reuters e da Agência Brasil).
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